AS PROFISSÕES NO MUNDO DO CINEMA
Veja as profissões e o mercado de trabalho para o profissional de cinema e audiovisual
Em
cada século da história da humanidade determinadas ocupações profissionais
tornam-se necessárias e consequentemente estas especialidades são as mais procuradas
pelos jovens que se inserem no mercado de trabalho. O próximo milênio será o da
Imagem e do Som.
Entre
as indústrias que mais produziram riqueza neste final de século e no que se
inicia estão: a bélica, a petrolífera, a automobilística e a do entretenimento
(onde o cinema é a principal atividade). O que distingue o cinema das demais
indústrias é a dependência direta que tem com o homem, independendo da
automação, é uma indústria não poluente, sem chaminés, geradora de empregos,
possuindo um amplo espaço no mercado mundial para expandir-se.
Além
de todos esses pontos favoráveis, cinema é a atividade da indústria cultural
que retrata a identidade cultural, salvaguarda a língua e aproxima os povos
descompromissadamente e sem preconceitos. Todos os parques industriais
cinematográficos atualmente existentes no mundo produzem apenas 1/3 das imagens
demandadas em todo o nosso planeta.
O
Brasil atinge apenas 3% do seu próprio mercado e tem espaço de 70% para crescer
e tornar sua produção exportável, permutando dentro de um critério de
reciprocidade com outras cinematografias nacionais em desenvolvimento. Uma indústria
cinematográfica nacional se sustenta com uma cultura múltipla e forte como a
brasileira e uma mão-de-obra técnico-artística qualificada e identificada com
seu país.
Descubra
o mundo do cinema e da televisão! Verifique a seguir quantas funções são
necessárias para uma equipe de cinema realizar um filme. E escolha a sua
profissão para o próximo milênio.
Diretor
de cinema/Cineasta ou Videasta
É
o profissional que transforma um roteiro literário adaptado de uma obra
anterior ou não, fato verídico ou totalmente ficcional, em imagens
cinematográficas, com a participação de uma equipe de vários especialistas
técnico-artísticos, narrando a sua história em curta ou longa duração para ser
projetada em salas de cinema, emissoras de televisão ou quaisquer meios de
exibição que venham a ser inventados.
O
seu trabalho consiste em participar de todos os preparativos: escolha de
elenco, de locações ou cenários, figurinos, textura fotográfica, trilha sonora,
efeitos especiais, detalhamento plano a plano e planejamento das filmagens.
Durante
as filmagens, ensaia e dirige os atores nas cenas previstas no roteiro seguindo
o planejamento aprovado anteriormente com o diretor de produção do filme. Em
uma equipe, ele é o líder criativo do processo, orquestrando o andamento das
demais funções.
Concluídas
as filmagens, participa da finalização técnico-artística do filme. Assiste aos
copiões (filmes revelados e copiados em estado bruto) e, em seguida, dirige os
trabalhos de montagem dos planos realizados fracionadamente numa narrativa
contínua. Nesta etapa, escolhe a trilha musical e possíveis efeitos de
laboratório ou estúdio de som. Quando todas as pistas sonoras estão concluídas
(diálogos, ruídos, música etc.) acompanha a mixagem e a cópia final para
exibição.
Um
filme pode ser realizado em 6 meses: da criação do roteiro, passando pela
preparação, filmagens e finalização. Para exercer esta função, o profissional
deve frequentar uma escola de cinema ou de comunicação na especialidade,
visando futuramente, através de estágios, conseguir a prática e a formação
necessárias para dirigir o seu primeiro filme. Uma das carreiras de acesso à
direção é a assistência de direção.
Continuísta
É
a atividade conhecida internacionalmente no meio cinematográfico como script
girl e boy script (quando executado por homens).
É
o profissional que mantém a unidade dramática do filme registrado em trechos
(planos). Classifica, organiza e identifica esses planos por números,
possibilitando o seu controle na execução (com mesma referência para todos os
departamentos da equipe: figurino, maquiagem, contrarregra, elenco, etc.), nos
serviços de laboratório, telecinagem e montagem. Essa relação de continuidade
que controla pode ser temporal, espacial de posição ou movimento.
No
set, ele secretaria toda a equipe técnica, anotando tudo que envolve a
fotografia e a câmera em cada plano (lentes, estoque de filme, rolos em
revelação, rolos rodados, distâncias e alturas de câmeras, material de
maquinaria empregado no plano, filtros, diafragma, temperatura de cor ou
quaisquer observações determinadas pelo diretor de fotografia). Assim como
subsidia o diretor do filme com tudo que possa relacionar-se à continuidade
entre os planos a serem filmados e à decupagem previamente feita do roteiro.
É
responsável pela clareza da narrativa, por isso controla a execução dos planos
que integram a decupagem proposta pelo diretor do roteiro. Não pode deixar que
faltem planos para a montagem ou que não se interliguem. Auxilia a produção no
controle e tráfego dos negativos virgens, expostos a serem enviados para
revelar nos laboratórios, a telecinagem e posteriormente a montagem. Elabora as
folhas de continuidade, supervisiona os boletins de câmera e som. Executa as
claquetes, controla o seu conteúdo a cada plano. Participa da etapa de
preparação do filme no detalhamento técnico de: figurinos, objetos de cena,
veículos empregados na cena, locações adaptadas e personagens.
Atua
em parceria com o diretor do filme, o seu primeiro assistente e o diretor de
produção na visita às locações, na decupagem plano a plano do filme. Suas
tarefas se encerram após as filmagens e a revisão de todos os copiões do
material filmado. Sua formação pode ser alcançada em uma escola de cinema,
estágios em ilhas de edição ou salas de montagem, curso de montagem e muita
leitura sobre linguagem cinematográfica. Deve ser uma pessoa de espírito
prático, organizada e com muito senso de observação.
Diretor
de fotografia
É
o técnico de cinema e vídeo responsável pelas imagens de um produto
audiovisual. Supervisiona em uma equipe de filmagem ou gravação tudo que pode
interferir no resultado da imagem. Sugere os enquadramentos, alternativas de
planos (e lentes), movimentos de câmera (equipamentos indicados para tal), no
intuito de obter maior concisão narrativa do filme e melhor compreensão por
parte do espectador.
Tem
a responsabilidade artística de criar um clima dramático-visual através da
textura fotográfica obtida com o uso de filtros, negativos e iluminações
sugeridas pelo roteiro, transpondo em imagens as ideias do diretor do filme ou
vídeo.
É
corresponsável, em parceria com o diretor e o montador do filme, pela linguagem
narrativa do produto audiovisual. Acompanha o filme, do ponto de vista técnico,
em todas as etapas, desde a preparação, passando pelas filmagens e a
finalização em laboratório (revelação, copiagem, trucagens e marcação de luz),
até a primeira cópia de exibição comercial.
No
Brasil, a grande maioria dos diretores de fotografia acumulam a função de
operador de câmera, ao contrário do que ocorre na grande indústria
cinematográfica americana ou europeia.
O
diretor de fotografia deve possuir um conhecimento técnico de: ótica, filmes,
filtros, efeitos especiais, iluminação; paralelamente aos conhecimentos
artísticos de: linguagem cinematográfica (montagem), composição, cores e
estética. É o chefe da equipe técnica em uma filmagem. Para exercer a função,
deverá cursar uma escola de cinema ou galgar cargos de formação em vários
filmes como estagiário: fotógrafo de cena (stil), carregador de chassis (clap
loader), 2º assistente de câmera, 1º assistente de câmera, operador de câmera e
finalmente fotógrafo de cena.
Fotógrafo
de cena
É
o profissional que colhe com uma câmera fotográfica flagrantes das cenas
filmadas, com o mesmo enquadramento da câmera, das cenas mais fortes do filme
para comporem o material de divulgação do filme na imprensa (como matéria e
propaganda) e para as portas de cinema.
Assistente
de câmera
É
o técnico que auxilia o diretor de fotografia em relação aos equipamentos e
acessórios da câmera cinematográfica em um filme.
Seu
trabalho começa na fase de preparação, quando realiza testes de definição e
foco das lentes, de fixidez e estabilidade da imagem e o total funcionamento
dos equipamentos e acessórios de câmera, comunicando ao diretor de fotografia
qualquer irregularidade.
Apresenta
ao diretor de produção a listagem de materiais que será necessário comprar
antes das filmagens. No período das filmagens suas tarefas são preparar a
câmera e todos os seus acessórios no set de filmagens, obedecendo o
planejamento do trabalho e o comunicado pela folha diária de serviços
distribuída pela produção.
Carrega
diariamente a caminhonete do material de câmera da produtora até as filmagens,
acompanhando sempre o equipamento. Distribui as demais tarefas aos assistentes
e estagiários da equipe de imagem.
Antes
da execução dos planos, após estarem carregados os chassis e colocados
corretamente na câmera, executa a preparação do foco, medindo as distâncias e
exercitando-se durante os ensaios com os atores. É quem aciona e corta a câmera
para o operador de câmera, cobra a claquete da continuísta e informa os dados
técnicos do plano para que ela possa colocar em sua folha de continuidade.
Após
as filmagens diárias, descarrega os negativos expostos, etiqueta as latas,
prepara o boletim de câmera em conjunto com a continuísta e entrega o material
exposto acompanhado dos boletins à produção do filme. Acompanha os copiões,
mantém informada a continuísta sobre o volume de negativo usado, o estoque e as
previsões de uso. Acompanha sempre o trabalho dos maquinistas na instalação da
câmera em tripés, gruas, dollie ou cam remote, vigiando o seu equipamento, as
condições de segurança para o mesmo e as facilidades de operação para o câmera.
Faz a limpeza diária do equipamento no final do dia, sendo o responsável
principal pelo equipamento durante a jornada de trabalho. Finda as filmagens é
que tem a responsabilidade pela devolução do equipamento junto à locadora.
Um
assistente de câmera tem sua formação em escola de cinema e um conjunto de
estágios em vários filmes de longa ou curta metragem. Recomenda-se um
conhecimento mínimo de ótica e eletricidade. É uma das etapas para atingir a
especialidade máxima do seu setor, a direção de fotografia.
Clap
Loader (carregador de chassis)
É
o assistente específico para abastecer de negativo virgem e descarregar os
chassis de negativo exposto, enviando ao laboratório para revelação e
telecinagem. É um técnico contratado apenas em filmagens que trabalham com
várias câmeras cinematográficas.
Figurinista
É
o profissional de cinema que cria as indumentárias (a partir de pesquisa de
época) ou figurinos para os personagens contidos no roteiro cinematográfico
previamente fornecido pela produção. São de sua responsabilidade os figurinos
da figuração, assim como todos os acessórios que compõem a vestimenta:
bengalas, bolsas, chapéus, luvas, óculos etc.
Os
desenhos são apresentados ao diretor do filme, supervisionados pelo diretor de
arte. Uma vez aprovados, seus custos são orçados. Feita a compra dos tecidos,
materiais e aviamentos, é montada sua oficina e equipe de execução.
A
escolha de materiais empregados sofre uma consulta por parte do diretor de
fotografia para testes prévios dos tecidos e cores, assim como do técnico de
som, evitando futuros ruídos que incomodem a captação do som.
Todos
os figurinistas indicam seus auxiliares (assistentes, costureiras, bordadeiras,
lavadeiras, tingidoras etc.) para comporem temporariamente sua equipe na fase
de confecção e provas e testes com os atores diante das câmeras, sob as luzes,
e sua resposta no negativo adotado para o filme.
Após
os consertos, os figurinos dados como prontos são numerados por personagens e
cenas com a continuísta para um bom andamento das filmagens no que se refere a
guarda-roupa.
A
partir das filmagens sua equipe é reduzida a guarda-roupeiras (que darão
manutenção às roupas e providenciarão lavagens).
Findas
as filmagens os figurinos pertencem à empresa produtora. São acondicionados em
caixas e entregues com uma lista à direção de produção. Os figurinistas são
advindos de escolas de corte e costura ou de curso de estilismo do SENAI e
similares nacionais e estrangeiros. É necessário um conhecimento de moda, de
história e sobretudo dos hábitos e acessórios usados correspondentes a tais
figurinos.
Guarda-roupeira
É
a profissional de cinema que durante o período das filmagens dá manutenção aos
figurinos: executa reparos, manda lavar e os mantêm sob sua guarda, ajudando os
atores principais e figuração a se vestirem para as cenas.
Conhece
as roupas pelos personagens e seus números de indumentária referenciados pelo
roteiro e a decupagem de figurino, em comum acordo com a continuísta.
Técnico
de som
É
o profissional responsável pela captação com qualidade técnica de diálogos dos
personagens, músicas e ruídos ambientais da cena necessários à montagem dos
planos filmados.
Comanda
a escolha dos microfones apropriados e acessórios no posicionamento dos
microfones feito pelo seu auxiliar imediato: o microfonista. É de sua
responsabilidade catalogar todos os planos com identificação semelhante aos da
câmera e da decupagem previamente feita no roteiro dramático.
No
set deve ensaiar a movimentação do boom com o microfone utilizado sem que
provoque sombras sobre os personagens ou os cenários. Assim como deve camuflar
os seus demais microfones distribuídos no set de filmagem ocultando-os da
captação da câmera.
Na
fase de preparação deve visitar as locações escolhidas e conferir o material
locado em testes para aprovação do nível de ruído. E se os locais escolhidos
para filmar precisarem de algum tratamento acústico ou se apresentarem falta de
condições para captação do som direto.
No
caso de som guia, deve municiar o montador de sons isolados da sequência para
serem montados em pista independente e mixados.
Durante
os takes auxilia a continuísta e o diretor em relação a textos sobrepostos,
dicção defeituosa dos atores ou cortes de ação por defeitos técnicos de câmera,
cabos ou ruídos parasitas à cena (ruídos de máquinas, aviões, animais etc.) ou mesmo
a precipitação do diretor no corte da ação.
Na
finalização é responsável pela conferência da qualidade, transcrição do som
para a edição e o resultado em ótico para exibição.
Os
técnicos de som são emergentes de escolas de cinema ou formados em estúdios de
som, escolas técnicas de eletrônica, devendo ter noções de linguagem
cinematográfica e acústica e um período de estágio e aprendizado no set para o
bom desempenho de suas funções durante as filmagens.
Microfonista
É
o técnico de cinema e televisão que auxilia o técnico de som na operação do
boom, da girafa e instalação dos microfones na captação dos sons ambientais e
de diálogos em um set de filmagens.
Deve
ter conhecimento de eletrônica, acústica e ser emergente de uma escola técnica
em eletrônica ou uma escola de cinema na especialidade de som. É conveniente um
estágio em estúdio de som antes de frequentar uma equipe de som. É a carreira
de acesso para tornar-se um técnico de som.
Cenógrafo
É
o profissional de cinema, vídeo e televisão que cria os cenários em estúdio ou
adapta locações para serem utilizadas como set de filmagens.
A
partir de um roteiro cinematográfico apresentado pela empresa produtora ou
produtor executivo, executa um projeto cenográfico composto por plantas baixas
e perspectivas com as cores definitivas propostas e suas dimensões previstas.
O
projeto é aprovado pelo diretor do filme e submetido a orçamento incluindo os
materiais, pessoal temporário especializado (carpinteiros, trabalhadores braçais,
cortineiros, tapeceiros, pintores de arte, escultores, etc.) visando à
adequação orçamentária do filme e os prazos de execução para viabilizar o
planejamento das filmagens pela produção.
Antes
de sua execução deverá ser proposto ao diretor de fotografia um comum acordo em
relação às tintas e cores que poderão interferir ou colaborar no resultado
fotográfico do filme.
Em
muitos casos, quando o filme é quase todo realizado em locações reais de época,
adaptadas, o cenógrafo transforma-se num diretor de arte. Em filmes muito
trabalhosos existem as duas funções, cabendo ao diretor de arte o comando
visual da parte cenográfica do filme. Tem como auxiliar direto seu assistente
de cenografia.
São
formados em arquitetura, com noções de construção, resistência de materiais e
normas de segurança. Muitos cenógrafos são emergentes de escolas de
belas-artes, de experiência teatral ou televisão. Muitos são carnavalescos que
se adaptam às técnicas de cinema. Devem ser bons desenhistas, ter noção de
perspectiva, conhecer as lentes cinematográficas e a movimentação dos
equipamentos de maquinaria e iluminação para determinadas previsões em seus
cenários. Devem saber ler uma planta de execução e ter noções de construções em
madeira e outros materiais. É ferramenta de trabalho o conhecimento de estilos
de construção e um profundo conhecimento de história da arte.
Cenotécnico
É
o técnico de cinema que, seguindo uma planta desenhada pelo cenógrafo, executa
e comanda a construção dos cenários e alguns tipos de móveis cenográficos para
o cenário do filme. Chefia a equipe de carpinteiros, pintores e escultores que
compõem o departamento de cenografia de um filme ou vídeo.
Roteirista
É
o criador de um texto literário com trama especializada para cinema ou
televisão (com duração temporal previamente estabelecida) de fatos reais ou
fictícios de situações que se encadeiam, dialogadas ou não, em determinados
casos adaptado de uma obra literária onde evolui uma trama dramática
desenvolvida pelos personagens acompanhada com clareza pelo espectador.
Um
roteiro não é um romance, daí sua especificidade de escritura dividindo-o em
sequências por locação, determinando o período da jornada (se dia ou noite) e
precisando o espaço cênico onde se desenrola a ação. Um roteirista pode ser
proveniente de uma escola de letras, de jornalismo, de cinema ou com
experiência na escritura de textos teatrais, desde que tenha vocação para
escrever situações e criar personagens. O seu diálogo deve ser eminentemente
coloquial e verossímil.
Existem
profissionais especializados em trabalhar apenas em uma fase ou tratamento do
roteiro, que são os: argumentistas, dialoguistas, gags men e os pesquisadores.
Argumentista
É
o que redige em uma sinopse de cinco páginas a trama central da história e seus
personagens principais. Esta etapa não possui diálogos ou indicações e
subdivisões de cenas em sequências por locações. É apenas a trama, a
carpintaria dramática do princípio ao fim.
Dialoguista
É
o especialista em criar diálogos coloquiais ou regionalismos em uma cena onde
os personagens conversam e têm um tipo físico determinado ou exercem uma função
que deverá possuir em seu vocabulário expressões e jargões da atividade. É o
caso de filmes policiais que empregam a gíria do submundo.
Gags
man
É
o especialista em criar situações cômicas ou diálogos de humor em cenas
preexistentes de um roteiro definitivo.
Pesquisador
É
o profissional contratado para colher informações sobre a época, hábitos, vestimentas
para roteiros que serão escritos sobre determinados temas históricos ou
especializados. Tomemos por exemplo um filme que se passa nos bastidores de
astronautas, ou de médicos na Antiguidade. O profissional pode também ser
contratado após vários tratamentos do roteiro para corrigir erros de data em
roteiros históricos ou baseados em fatos reais.
O
desenho animado
É
a técnica de criar movimentos naturais em cinema e vídeo de objetos ou
personagens, desenhando-se, recortando-se papéis ou moldando massas; a
decomposição do movimento em vários quadros (frames ou fotogramas), filmados a
seguir em câmera adaptada a uma truca vertical, ordenados um a um.
A
ordem de execução destes desenhos é preestabelecida em um roteiro visual
semelhante a uma história em quadrinhos, denominado storyboard, onde estão
contidos todos os "desenhos-chaves" que narram a história a ser posta
em movimento. A partir deles temos que criar as posições intermediárias do
movimento antes de filmar definitivamente e criar a sensação do movimento
humano. Assim como estabelecer os cenários e as demais partes do desenho onde
essas figuras evoluem. Estudar os movimentos simultâneos em tempos diferentes.
Um desenhista pode empregar o método de animação de 24 quadros (ou frames) por
segundo em uma truca "quadro a quadro" (Oxberry) ou pelo sistema de
computação gráfica, usando programas de animação para computadores.
Na
técnica tradicional os desenhos são pintados em acetato transparente a partir
dos originais desenhados em papel vegetal. As cores são adicionadas (pela parte
de trás dos acetatos) uma a uma. A seguir desenha-se o cenário de fundo onde
esta figura evoluirá. Para cada elemento que se sobreponha, a imagem e o seu
movimento acontecem simultaneamente: deverá ter um acetato exclusivo para ele,
desenhado à parte, que será filmado junto na hora em que formos para a truca.
Na truca cada acetato estará colocado em uma prateleira com o quadro vazado
para que todos sejam vistos e filmados pela câmera. Estes quadros (frames ou
fotogramas) deverão estar marcados por um número, num roteiro ou plano de
animação, para a filmagem correta.
Um
desenhista de animação deverá a priori ter vocação artística de desenhista ou
cursar uma escola especializada de desenho. Alguns desenhistas de animação vêm
das histórias em quadrinhos, são chargistas de jornal ou são egressos de escola
de belas-artes. Porém o ideal é frequentarem escolas de cinema onde existem
cursos de animação, como no Canadá, Bélgica, França, Checoslováquia e USA.
Dentro desta especialidade existem vários nichos de mercado de trabalho, tais
como: trucagens, animação técnica e publicidade.
Assistente
de direção
É
o técnico de cinema responsável por tudo o que deverá acontecer no local de
filmagem, seja do ponto de vista técnico ou artístico.
É
o profissional que substitui o diretor do filme na preparação do set. Controla
todos os setores para que tudo esteja pronto na hora em que o diretor chegar
para filmar. Seu trabalho começa desde o detalhamento plano a plano do roteiro,
na etapa de pré-produção.
Ele
visita as locações escolhidas pelo diretor, o diretor de fotografia e o diretor
de produção, analisando os prós e contras que possam interferir no andamento
das filmagens e no resultado artístico da cena. Toma conhecimento de todas as
intenções do diretor, das possibilidades técnicas e das providências de
produção que devem ser tomadas para que as filmagens aconteçam ali a tempo e
hora previstos no plano de trabalho elaborado pela produção com a sua
participação.
Ele
tem que obter e controlar todas as informações com antecedência, conferindo
tudo, evitando falhas, atrasos ou interrupções desnecessárias das filmagens.
Tem sempre de estar apto a responder qualquer pergunta do diretor e demais
membros da equipe e providenciar soluções imediatas a problemas que se coloquem
de forma imprevista.
Auxilia
o diretor na preparação e realização artística do filme. Subordinado
diretamente ao diretor do filme, trafega com desenvoltura entre todos os
departamentos da equipe. Tem de conhecer linguagem cinematográfica,
equipamentos e sua utilização. Todo o aspecto de montagens e desmontagens dos
sets e providências de produção. Supervisiona os trabalhos de todos os
departamentos, inclusive o de elenco, ensaiando os textos antes das filmagens.
É
a ligação e coordenação entre a direção, de um lado, a produção e o conjunto da
equipe, do outro. A sua função é aparentemente genérica mas de grande
complexidade, daí dividir suas tarefas por vários assistentes, fazendo face às
responsabilidades. Tem de ser um líder sem ser autoritário. Dar ritmo ao set
sem atropelar os profissionais. O assistente é formado em escolas de cinema, e
muito estágio como 2º ou 3º assistente de direção em muitos filmes, antes de
assumir o cargo de 1º assistente de um filme ou vídeo.
Operador
de câmera/Câmera
É
o técnico de cinema que opera as câmeras de cinema ou de vídeo. É o responsável
pelos enquadramentos dos planos que compõem uma cena, sejam planos fixos ou em
movimento.
Tem
de estar apto a operar a câmera com cabeças fluidas ou a manivela. No tripé ou
sobre equipamentos de maquinaria, tais como: carrinhos, gruas, dollie, Pee wee,
cam remote ou camera car.
Tem
de conhecer os tipos de lentes, filtros, acessórios de câmera e todos os
modelos de câmeras (35mm, 16mm, super 16mm e Panavision) usados no mercado
cinematográfico, controlar a qualidade do foco ou o movimento de zoom operado
pelo 1º assistente de câmera durante a execução dos planos, assim como a
qualidade de execução dos movimentos de maquinaria.
Durante
os ensaios é de sua obrigação perceber se há algum equipamento em quadro no
take, defeitos tais como reflexo ou sombras de câmera. Alertar sobre quaisquer
fatos que possam dispersar o espectador: ator que olha para a lente, figuração
não prevista no quadro, publicidade exposta no enquadramento.
Deve
exigir instalação confortável e segura de seu equipamento para operação do
mesmo durante as filmagens. É de sua responsabilidade zelar pelo equipamento
que opera, protegendo-o do sol, da chuva ou outras intempéries. Não deve
permitir expor o equipamento a situações de risco sem autorização do produtor
executivo. Deve colaborar com os companheiros de equipe na montagem e no
deslocamento do equipamento dentro do set de filmagem. Acata as ordens do
diretor de fotografia e alerta-o quando do emprego de filtros e outros efeitos.
Deve
conhecer linguagem cinematográfica, composição e dramaturgia. É formado nas
escolas de cinema, cursos promovidos pelas emissoras de televisão, ou egresso
dos postos de assistente de câmera.
Operador
de steady cam
O
steady cam é um equipamento complementar das filmagens. Trata-se de um
estabilizador contra solavancos e trepidações de câmera, quando é operada na
mão. É indicado para as cenas de ação.
É
um equipamento locado com operador. Este câmera apenas opera a câmera sobre
este equipamento nas cenas programadas no filme. Não faz parte efetiva da
equipe de filmagens. É contratado por um período predeterminado. Trabalha sob
as ordens do diretor de fotografia na execução de planos previstos na decupagem
pelo diretor do filme.
Produtor
executivo
É
o profissional de cinema que atua na área empresarial. É o captador de recursos
para um projeto por ele elaborado ou empresa que o contratou. Na maioria dos
casos o produtor executivo é o proprietário da empresa produtora que recebe a
proposta de coprodução de um diretor que dispõe de um roteiro original. Ou
ainda, compra os direitos de adaptação de uma obra literária e investe nos
trabalhos de um adaptador (roteirista) e elabora a montagem do projeto do ponto
de vista técnico-artístico e financeiro.
Convoca
técnicos especializados de vários setores para avaliarem o seu roteiro, do
ponto de vista de seus setores, visando formular um anteprojeto de venda de
cotas de produção. Formula uma equipe provável, assim como um elenco e diretor
a ser contratado para realizar aquela obra audiovisual.
Após
captar os recursos necessários à realização do filme contrata um preposto (um
diretor de produção) para o gerenciamento dos recursos, execução de preparação
e filmagens segundo um plano de trabalho apresentado.
Durante
a realização das filmagens prevê a cobertura jornalística constante sobre o
produto audiovisual que elabora, organiza a finalização e prepara o seu
lançamento e vendas para o exterior, assim como a sua participação em festivais
de cinema nacionais e internacionais que credenciarão o seu filme para o
circuito comercial de exibição.
Todo
produtor executivo tem uma infraestrutura montada de escritório, contador e
pessoal capacitado na preparação de um projeto cinematográfico, a fim de
administrá-lo no mercado de capitais para a captação de recursos através de
leis de incentivos.
Assistente
de produtor executivo
Dependendo
do porte do filme a empresa pode contratar um diretor de produção de sua
confiança e nomeá-lo como assistente de produtor executivo para supervisionar
os custos e o planejamento proposto pelo diretor de produção. É um
representante da empresa produtora do filme em questão. É muito comum nos
grandes estúdios onde se realizam muitos filmes ao mesmo tempo de uma mesma
produtora.
Assistente
de produção
É
o técnico de cinema e vídeo que se responsabiliza por parte das tarefas
delegadas pelo diretor de produção. Os assistentes de produção têm a
coordenação do primeiro assistente de direção em relação ao diretor do filme.
Ocupam-se
de tarefas tipo: transporte, alimentação, chamada geral dos atores, ensaio e
convocação da figuração, providenciar veículos e animais de cena, autorizações
oficiais, acompanhamento de preparação de locações, testes de maquiagem, de
cabelos, de figurino etc. São profissionais egressos de escolas de cinema ou de
comunicação, que pretendem seguir a carreira de diretor de cinema e estão nesta
função para sua formação prática e amadurecimento dos conhecimentos teóricos
que assimilaram nas escolas especializadas.
Devem
conhecer linguagem cinematográfica, ter espírito prático, ser simpáticos,
observadores, organizados e conhecer os mecanismos de uma produção, sobretudo
os documentos que circulam em uma filmagem: boletim de câmera, de som, plano de
trabalho e folhas de serviço (as quais devem distribuir ao final de cada dia de
filmagem a todos os membros da equipe). Devem organizar uma agenda com todos os
endereços de fornecedores de serviços e equipamentos para cinema. Devem ter uma
noção dos equipamentos que terão de providenciar, quando convocados pelo
diretor de produção.
Chefe
eletricista/Eletricista
É
o técnico de cinema e vídeo responsável por todos os serviços de instalação
elétrica e dos refletores cinematográficos e seus acessórios em um set de
filmagens. Trabalha sob as ordens do diretor de fotografia. Acompanha o diretor
de fotografia nas visitas às locações, visando fazer um levantamento de
necessidades, autorizações e providências que devem ser tomadas do ponto de
vista técnico para que possamos ter alimentação energética no local suficiente
para alimentar todos os refletores desejados pelo diretor de fotografia na
realização dos planos previstos no roteiro criados pelo diretor do filme.
Lista
os acessórios necessários e complementares aos equipamentos solicitados pelo
diretor de fotografia. Calcula os tempos necessários para as instalações e
desmontagens ou eventuais deslocamentos com os materiais para outras locações
durante o filme, para que o diretor de produção possa planejar as filmagens.
Relaciona a quantidade de auxiliares que necessitará em função da complexidade
das instalações e materiais a serem montados e operados.
Quanto
maior o filme, maior a estrutura de iluminação, e consequentemente maior o
número de auxiliares que necessita. Este profissional se forma em escolas
técnicas de eletricidade - SENAI e outras instituições similares.
Deve
conhecer bem os equipamentos, trabalhando como eletricista auxiliar, e depois
de alguns anos de prática galgar o posto de chefe eletricista. Possui suas
próprias ferramentas, tais como voltímetro/amperímetro. Deve estar apto a
avaliar as condições de fornecimento de energia em uma locação e solicitar ou
não a locação de geradores, instalação de luz festiva ou autorização do
proprietário do imóvel para retirar energia do seu PC.
Eletricista
É
o técnico de cinema e vídeo que monta os refletores, distribui os cabos que
servirão para a passagem das "fases" e faz a ordenação das linhas de
alimentação energética dos refletores. Monta o quadro de segurança e distribui
no set, monta as caixas intermediárias, espalha os tripés e garras onde serão
instalados os refletores solicitados pelo chefe eletricista. Leva a linha até o
gerador ou PC, trabalhando em parceria com o geradorista ou eletricista do
imóvel local.
É
quem afina e posiciona filtros e difusores nos refletores durante a iluminação
do set e mantém o serviço de ligar e desligar os mesmos. Organiza o caminhão da
elétrica e dá manutenção aos materiais de iluminação durante as filmagens.
Findas as filmagens é o responsável pela conferência do material e a sua
devolução na empresa locadora. Seu trabalho começa três a quatro dias antes das
filmagens e termina no mesmo prazo, findas as mesmas.
Geradorista
É
o técnico de cinema e vídeo que acompanha o gerador vindo da locadora. É o
responsável pela alimentação de energia dos refletores. Está sob o comando do
chefe eletricista, mantendo o gerador sempre ativo, na amperagem e voltagem
corretas, para o consumo do set. É um profissional que conduz o caminhão que
transporta o gerador até o set e leva-o de volta finda a jornada.
Chefe
maquinista/Maquinista
É
o técnico de cinema e vídeo responsável pela instalação de todos os
equipamentos que podem dar suporte aos equipamentos de iluminação e câmera
(três tabelas, praticáveis, torres, etc.), com segurança e muita rapidez.
Opera
os equipamentos que movimentam as câmeras em um set, a saber: gruas, carrinhos,
dollies, panther, Pee wee, "ligeirinhos" etc. A qualidade de uma
imagem depende diretamente da operação de qualidade de um equipamento pelo
maquinista e sua interação com o câmera.
Dão
apoio aos eletricistas na montagem dos parques de luz em um estúdio, locação
adaptada ou estúdio. Montam tripés, auxiliam na puxada de grossos cabos,
manobram rebatedores e auxiliam na montagem de acessórios de iluminação como o
butterfly. Numa equipe numerosa o profissional mais experiente é o maquinista e
os demais seus auxiliares.
Deve
possuir amplo conhecimento sobre alta tensão e eletricidade caseira. Formam-se
em escolas técnicas de marcenaria/ carpintaria (SENAI) ou congêneres. Muitos
são formados em empresas estatais (Central Técnica da FUNARJ) ou em barracões
de escolas de samba em convênio com os sindicatos de classe. Devem possuir
conhecimento de laçadas de segurança, operar equipamentos auxiliares de
elevação, tais como: carretilhas, contrapeso e trucks. Devem dominar bem
soluções de segurança para a câmera, instalando-a sobre um veículo etc. São os
homens das soluções inteligentes, seguras e rápidas.
Maquinista
É
o profissional que executa as tarefas de montagens de suportes para
equipamentos de luz e de câmera sob o comando do chefe maquinista. É o
responsável pela execução dos movimentos de aparelhos que conduzem as câmeras.
Operador
de video assist
É
o técnico de cinema responsável pela captação em vídeo, em paralelo com a
câmera cinematográfica, das imagens que estão sendo impressas no interior da
mesma em película cinematográfica, projetando-as num monitor de vídeo, no
momento da cena ou após a cena filmada.
Contrarregra
É
o técnico de cinema e vídeo responsável por todos os objetos de cena que
integram uma ação em um cenário (não estão incluídos aí os que fazem parte do
figurino). Participa de um filme desde a preparação, quando se faz o
detalhamento dos objetos de cena junto com o cenógrafo, preparando suas
providências ou construção. Esta lista é passada ao diretor de produção, que
providencia sua locação ou materiais para a sua construção.
Durante
as filmagens, seguindo o plano de trabalho e a folha de serviço, providencia os
objetos a serem colocados em cena no momento de execução dos planos sob a
supervisão da continuísta. A maioria dos contrarregras são egressos do teatro
ou da televisão e fazem parte da equipe de cenografia.
Maquiador/Cabeleireiro
É
o técnico-artista de cinema e vídeo que prepara a maquiagem convencional de
embelezamento ou de efeito dos personagens, segundo a descrição acordada na
decupagem com o diretor do filme.
O
uso de determinados materiais deve ser submetido ao diretor de fotografia,
evitando erros e desencontros na imagem. Todas as maquiagens e cabelos a serem
adotados nos filmes pelo elenco devem ser testados com a luz definitiva do
filme antes de começarem as filmagens. É a formatação do "tipo"
dramático do personagem.
Existem
profissionais que apresentam seus projetos em computador ou desenhados para
aprovação prévia pelo diretor do filme. Conforme o tamanho do elenco a ser
maquiado e penteado, ele apresenta as previsões de tempo ao diretor de
produção, assim como a necessidade da contratação de auxiliares temporários em
cenas que envolvam muito elenco e figuração. Apresenta uma lista de cosméticos
a serem adquiridos pela produção e mantém a tempo e hora os personagens
maquiados e constantes correções durante as filmagens. Os apliques postiços
deverão também ser providenciados pela produção e testados convenientemente
antes de serem usados em cena diante das câmeras.
Montador/Editor
É
o técnico de cinema e vídeo que reúne, ordena e dá ritmo às imagens filmadas e
sons captados fracionadamente no set, dando um sentido narrativo à história
proposta pelo roteiro literário do filme seguindo uma decupagem prévia do
diretor do filme.
O
montador deverá sugerir mudanças de lugar e duração das sequências, visando
obter maior clareza narrativa e impacto emocional sobre o espectador para
conduzi-lo sem que perceba durante 100 a 120 minutos de exibição. Prepara todas
as pistas de som: diálogos (captados em direto), dublando (falas que faltaram
ou que se tornaram inaudíveis), preencherá os vazios sonoros com ruídos de
sala, música incidental, e colocará a trilha do filme em seus devidos lugares.
Providenciará a edição dos traillers comerciais e o mapa de mixagem.
O
seu trabalho começa logo após duas ou três semanas de iniciadas as filmagens,
ordenando o material bruto vindo do laboratório. Caso este material seja
finalizado em ilha digital, deverá passar, após a revelação dos negativos, por
uma telecinagem (transferência da imagem fílmica para sinal digital e imagem em
vídeo). Feito isto, transposto todo o material ("importado") para os
computadores, começa então o seu primeiro corte chamado de "corte
largo".
Após
as filmagens concluídas, o diretor assiste ao material pré-montado. Após a sua
aprovação começa então a montagem propriamente dita. Mudam-se sequências de
lugar, são encontradas soluções de linguagem obtidas em laboratório (fusões,
congelamentos etc.). E finalmente dá-se o 2º corte. Aprovado pelo diretor,
começam então o corte final, "o corte fino", e os ajustes sonoros e a
retirada de alguns "tempos mortos" da montagem. Passa-se à mixagem e
a cópia está pronta para ser trabalhada no estúdio de som (no caso de Dolby
stereo) e a cópia final ótica em laboratório com a devida marcação de luz pelo
diretor de fotografia e a colocação dos letreiros de apresentação, com nome do
elenco e equipe técnica. Faz-se a projeção final desta cópia para o diretor do
filme, com a presença do montador e do diretor de fotografia. O material está
então pronto para exibição comercial.
O
seu trabalho desenrola-se dentro de um prazo de dois a três meses. Os
montadores são egressos de escolas de cinema ou são formados em uma ilha de
edição ou moviola (mesa de montagem tradicional de filmes). Devem ter amplo
conhecimento de linguagem cinematográfica, além de uma formação de operação de
ilha informatizada. A melhor formação para um montador é exercer primeiramente
a função de continuísta e em seguida passar para uma sala de montagem ou ilha
de edição.
Trilheiro/Músico
de cinema
É
o artista responsável pela criação de todas as músicas pontuativas, incidentais
e temáticas a serem colocadas na trilha sonora do filme, acompanhando em
background as imagens montadas de um filme, visando auxiliar a obtenção do
"clima dramático" da cena ou plano desejado pelo diretor.
Seu
trabalho pode ser feito isolado em um estúdio com seus músicos e depois
ajustado na montagem ou a partir das imagens visionadas previamente antes de
criar as partituras. Os temas são apresentados, uma vez compostos, previamente
ao diretor do filme, para aprovação, e em seguida gravados e mixados com a
trilha final do filme.
Existem
trilhas que se tornam mais sucesso que os próprios filmes, devido à sua
qualidade musical, ou o inverso, músicas que se tornam famosas pela qualidade
dramática do filme e das cenas em que foram usadas. Esses músicos criadores são
egressos de escolas de música ou são autodidatas.
Efeitos
especiais
É
responsável por eles o técnico de cinema e vídeo que trabalha com a ilusão, o
truque e a magia. Monta traquitanas, maquetes, sistemas de explosão, modelos
ampliados ou animais de controle remoto que aumentam a veracidade das cenas
impossíveis, perigosas ou de grande efeito visual e impacto emocional.
É
uma profissão de curiosos e sobretudo maquetistas e pessoas que adoram informática
aliada a conhecimentos de maquinarias por eles inventadas. Existem empresas
tradicionais no mercado americano e europeu nas quais os conhecimentos passam
de pai para filho.
Laboratorista
Técnico
de laboratório cinematográfico
É
o técnico de cinema que processa as imagens em laboratório. Trabalha no setor
industrial do cinema. Tem conhecimentos de química de laboratório e do
funcionamento dos equipamentos de revelação, lavagem e copiagem de filmes
fotográficos contínuos (cinematográficos). É formado pelo SENAI ou estagiando
durante anos no laboratório onde recebe sua formação.
Trabalha
com negativos e positivos cinematográficos. Conhece todas as etapas dos filmes
em laboratório. Porém as especialidades em laboratório são muito precisas, tais
como: copiagem, revelação, janela molhada, sonorização ótica, letreiros,
trucagens óticas, titulagem, banda internacional, master, cópia marrom, blow
up, lavagem de ultra-som, armazenamento de negativo, montagem de negativo,
marcação de luz.
Marcador
de luz
É
o técnico de cinema do setor industrial, trabalhando no interior dos
laboratórios, conhecido como colorista ou marcador de luz. É o operador das
máquinas analisadoras (Analyser) de cores e luminância.
Trabalha
plano a plano, sob a orientação das indicações do diretor de fotografia na
equalização das cores de todos os planos de uma seqüência e do filme como um
todo. Monta um mapa das cores fundamentais (azul, vermelho e amarelo) e seus
percentuais para serem corrigidos na cópia final. Uma vez revisado pelo
fotógrafo e aprovado pelo produtor, este mapa será o guia de todas as cópias
para a comercialização. Deve ser formado em curso específico promovido pelo
sindicato de classe ou congênere.
Montador
de negativo
É
o técnico de cinema do setor industrial, trabalhando no interior dos
laboratórios, que ordena os negativos brutos, localizando e colando os planos
para a futura copiagem, baseando-se no copião positivo montado, enviado pelo
montador.
Seu
trabalho é supervisionado pelo montador do filme antes de ser dado como
finalizado para que possa a seguir sofrer a marcação de luz e serem efetuadas
as cópias de comercialização do filme. É nesta etapa que se providenciam as
trucagens de laboratório ("fusões", "congelamento de imagens",
desdobramento para aumento de câmera lenta etc).
(Fonte: mundovestibular.com.br / https://bit.ly/3aNTvM1)
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- SILVA, Luiz Gustavo. Curso de cinema: como é o mercado de trabalho? (06/01/2020). Disponível em: vaidebolsa.com.br / https://bit.ly/3u7JQro
- KREUTZ, Katia. Quero ser diretor de cinema (08/06/2017). Disponível em aicinema.com.br / https://bit.ly/3xvnOki)
- Mercado de trabalho: as profissões em cinema e audiovisual (ecdd.infinet.edu.br / https://bit.ly/3dZNBcy)
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