quinta-feira, 22 de maio de 2025

Cardápio do Mês - maio/junho

 

O projeto CARDÁPIO DO MÊS tem por objetivo chamar a atenção dos usuários da Sala de Leitura para determinadas obras que a cada mês são selecionadas por diferentes critérios, tais como: gênero literário, escola literária, temas, datas temáticas etc. Esse display fica exposto no revisteiro da SL, logo à entrada da sala. 

Neste mês, estão expostas somente as obras literárias da TRILHA ANTIRRACISTA pertencente ao nosso acervo.

O QUE É A TRILHA ANTIRRACISTA

Os títulos que compõem a TRILHA ANTIRRACISTA foram enviados pela primeira vez às escolas estaduais em 2021 pela Secretaria Estadual de Educação com o objetivo de incentivar e fortalecer o hábito da leitura e também subsidiar em termos de conteúdo e promover o debate sobre o racismo estrutural. São vários títulos que variam entre a temática étnico-racial, literatura e conteúdo técnico.

São leituras consideradas como fundamentais para as etapas de formação e desenvolvimento dos alunos aumentando as condições de igualdade e a ampliação do conhecimento. Os livros nos fornecem aprendizados, vocabulário e notoriedade para debater muitos assuntos da história ou atuais, inclusive aqueles que combatemos diariamente, como qualquer forma de preconceito e discriminação.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Cardápio do Mês: Fevereiro / HQs

O projeto CARDÁPIO DO MÊS tem por objetivo chamar a atenção dos usuários da Sala de Leitura para determinadas obras que a cada mês são selecionadas por diferentes critérios, tais como: gênero literário, escola literária, temas, datas temáticas etc. Esse display fica exposto no revisteiro da SL, logo à entrada da sala. 

Neste mês de fevereiro fizemos um display com HQs de quadrinistas consagrados internacionalmente. Vamos conhecer uma pouco sobre eles.

Quino

Joaquín Salvador Lavado Tejón, mais conhecido como Quino, foi um pensador, historiador, gráfico e cartunista argentino conhecido, principalmente, por uma de suas personagens de quadrinhos, a famosa Mafalda. Ele nasceu em Mendoza, em julho de 1932 e era filho de imigrantes espanhóis da Andaluzia. Desde cedo, foi chamado pelos familiares pelo apelido com que é conhecido – Quino - para diferenciá-lo de seu tio homônimo e também desenhista, com quem já aos 3 anos de idade aprendeu o gosto pela arte.

Art Spiegelman

Arthur Spiegelman nasceu em Estocolmo, na Suécia, em 1948, em uma família judia. Ainda criança foi viver nos EUA. Ao longo de sua vida tem trabalhado como ilustrador, cartunista e autor de histórias em quadrinhos. Atuou durante a década de 1990 na produção de charges, ilustrações e capas para revista novaiorquina The New Yorker. Duas de suas obras mais conhecidas são a semibiográfica Maus e a coletânea de tiras em quadrinhos In the Shadows of No Towers. Em 1992 Spiegelman ganhou o prêmio Pulitzer.

Will Eisner

Nascido no Brooklin, em Nova Iorque, em 1917, William Erwin Eisner, foi um renomado quadrinista americano, que durante seus mais de setenta anos de carreira, atuou em diversas áreas que incluem como desenhista, roteirista, arte-finalista, editor, cartunista, empresário e publicitário. Foi criador de personagens famosos de histórias em quadrinhos como Spirit, Condor Negro, Falcão Negro, Flama, Doll Man, Tio Sam, entre outros. 

Neste Cardápio do Mês, o primeiro de 2025,  além desses quadrinistas famosos, temos vários outros que se dedicaram a desenhar as histórias dos clássicos da literatura universal.


QUADRINISTAS FAMOSOS
Toda Mafalda– Da Primeira à Última Tira (Quino)
10 Anos com Mafalda (Quino)
New York – A Vida na Grande Cidade (Will Eisner)
Pequenos Milagres (Will Eisner)
Maus – História Completa (Art Spiegelman)

SANDMAN de Tony Lee, foi ilustrado por Sam Hart e colorido por Artur Fujita
Sandman é uma publicação em série de história em quadrinhos para adultos (banda desenhada em Portugal), escrita por Neil Gaiman e publicada pela Vertigo (selo da DC Comics) em 1989, que descrevem a vida de Sonho - o senhor dos sonhos e governante do Sonhar (o mundo dos sonhos e sua interação com o universo, os humanos e outras criaturas.
Descrita como "história em quadrinhos para intelectuais" pelo expoente do jornalismo literário Norman Mailer, Sandman foi a primeira HQ multipremiada a entrar na lista dos best-sellers literários do The New York Times.
Entre os muitos ilustradores que já trabalharam nesta publicação, incluem-se Bill Sienkiewicz, Dave McKean, Sam Kieth, Charles Vess, Miguelanxo Prado, Jill Thompson, J. H. Williams III, Milo Manara, Mike Dringenberg, Shawn McManus, Marc Hempel e Michael Zulli.

MARVELS
Stan Lee foi um dos principais autores de personagens da Marvel, em parceria com grandes artistas. Foi um escritor, editor, publicitário, produtor, diretor, empresário e ator Criou vários personagens que protagonizaram mega-franquias Criou o Quarteto Fantástico em 1961, com Jack Kirby; criou o Espetacular Homem-Aranha, em 1962, com Steve Ditko; criou outros personagens, como o Coisa, a Tocha Humana, a Mulher Invisível e o Senhor Fantástico Rob Liefeld e Fabian Nicieza. Criaram o mutante Wade Wilson, nos anos 90. Wade Wilson foi criado como uma espécie de “cópia” do "Slade Wilson", o vilão Exterminador, da editora rival DC Comics. Martin Goodman fundou a Marvel Comics por volta de 1930 e 1940, com o nome de Timely Comics.


Clássicos da Literatura Universal Adaptados para HQ
O Velho e o Mar (Ernest Hemingway)
Crime e Castigo (Fiódor Dostoiévski)
Os Miseráveis (Victor Hugo)
As Aventuras de Tom Sawyer (Mark Twain)
Os Lusíadas(Luís de Camões)
Dom Quixote (Miguel de Cervantes)
Sonho de uma Noite de Verão (William Shakespeare)
A Tempestade (William Shakespeare)
Frankenstein (Mary Shelley)
A Divina Comédia (Dante Alighieri)
Odisseia (Homero)


ROBIN HOOD – A Lenda de um Foragido (vários autores)
Existem vários autores que escreveram sobre Robin Hood, incluindo Alexandre Dumas e Howard Pyle.
Alexandre Dumas (1802-1870) foi um romancista francês que escreveu O Príncipe dos Ladrões e O Proscrito, dois volumes sobre Robin Hood. Dumas é também autor de Os Três Mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo.
Howard Pyle
Howard Pyle (1853-1911) foi um escritor e ilustrador norte-americano que publicou As Aventuras de Robin Hood em 1883. Esta é a versão mais conhecida e consagrada da história de Robin Hood.
William Langland
Robin Hood foi citado pela primeira vez na literatura em 1377, em seu poema Piers Plowman.

ASTERIX
Asterix é uma série de histórias em quadrinhos criada na França por René Goscinny e Albert Uderzo no ano de 1959, baseada no povo gaulês e em grande parte no tempo do seu grande chefe guerreiro Vercingetorix.
As histórias de Asterix foram traduzidas até o momento para 83 línguas e 29 dialetos, incluindo o português e o mirandês, sendo muito populares na Europa, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, América Latina, África e Ásia. Já foram lançados 35 álbuns que venderam 350 milhões exemplares em todo o planeta, um dos quais é uma compilação de histórias curtas. Asterix também inspirou 13 adaptações para cinema (9 de animação e 4 de imagem real), jogos, brinquedos e um parque temático.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

SEJA BEM-VINDO AO BLOG DA SL - 2025

 

Bem-vindos ao Blog da Sala de Leitura! 

Este espaço virtual foi criado especialmente para você, estudante do Ensino Médio, que tem por objetivo a busca por uma formação completa em relação aos seus conhecimentos, visão de mundo, cultura geral e específica. Lembre-se que nossa formação não depende somente da presença em sala de aula com um professor, mas, de nós mesmos, nossos interesses, leituras, estudos e empenho. O Blog da SL é constituído por 20 seções como, por exemplo, entretenimento, tecnologia, artes, literatura etc. que tratam sobre os mais variados temas e têm por objetivo ensinar, entreter e contribuir para a ampliação de sua cultura geral e aprendizagens. Portanto, aqui, você:

  •     terá acesso às resenhas de várias obras literárias e outros livros pertencentes ao nosso acervo;
  •      poderá aprender mais sobre a vida dos escritores;
  •   poderá aprender mais sobre as obras literárias para poder lê-las com mais profundidade e conhecimento;
  •     aprenderá sobre o contexto histórico-social relativo à época em que essas obras literárias foram elaboradas;
  •     entenderá melhor a questão dos gêneros e escolas literárias e seu desenvolvimento através da história humana;
  •    também terá acesso a artigos referentes aos mais variados assuntos sobre ciência, tecnologia, lazer, arte etc.

DICA: Ao acessar o blog através de seu smartphone, role a barra até o final e escolha a opção "versão web" para ter acesso à barra de busca de conteúdo e, assim, conseguir visualizar todas as publicações, de todos os meses/anos.

Aguardamos, também, sua visita à Sala de Leitura para conhecer e usufruir de seu enorme acervo e que está à sua espera para que você realize leituras super emocionantes, interessantes, misteriosas, românticas, de aventura etc.

Abraço,

Prof. André Luiz Gattás

Fevereiro/2025

 

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

CARDÁPIO DO MÊS: Novembro/2024 - BIOGRAFIA e AUTOBIOGRAFIA

Para conhecermos mais sobre BIOGRAFIAS (e, também autobiografias), vou reproduzir abaixo trechos de dois artigos que discutem esse gênero literário tão rico e cativante. Uma biografia não é somente uma história sobre a vida de alguém. É muito mais do que isso! Muitas vezes ao lermos uma biografia ficamos totalmente focados no texto, sendo tão bom ou melhor do que um texto ficcional de qualquer outro gênero.

E por que será que biografias prendem tanto nossa atenção? Provavelmente porque se trata de histórias reais e isso cria uma identificação maior com o texto por parte do leitor. Vamos, agora, aos artigos.

O primeiro artigo que selecionei e cujo título é Benefícios Psicológicos de Ler Biografias, lista os seguintes benefícios:

·         Nos aproxima da perspectiva histórica

·         Promove a autodescoberta

·         Ajuda a enfrentarmos o medo do fracasso

·         Melhora nosso nível cultural geral

(Texto: Prof. André Luiz Gattás)

Aprender com as biografias de grandes homens e mulheres faz com que coloquemos o mundo em perspectiva. Saber como eles enfrentaram seus problemas, como acreditaram em si mesmos, como foram capazes de encontrar e explorar seus talentos e como orientaram suas vidas nos ajuda a aprender a guiar a nossa própria vida.
(...)
Ler em detalhes sobre pessoas comuns fazendo coisas extraordinárias é uma fonte inesgotável de inspiração. Esta é a principal diferença entre ler ficção e ler sobre pessoas reais, como eu e você. Sob o olhar da psicologia, a leitura de biografias pode ser uma ferramenta muito eficaz para o desenvolvimento de habilidades e capacidades.
(...)
Conhecer a vida de outras pessoas através de suas biografias nos ajuda a obter este conhecimento de vida e de experiências vividas, de conquistas e de fracassos. De atos e consequências, de reconhecimentos e, também, de injustiças.
(...)
A autodescoberta é um dos processos que nos ajudam a gerar o autoconceito. Através dos detalhes das experiências de outras pessoas, de suas situações e limitações, será mais fácil ter uma ideia de quem somos por comparação.
(...)
Também amplia o enfoque e as opiniões que sustentamos sobre alguns assuntos. Nos permite ver o mundo de outras formas e obter diferentes pontos de vista. Ou, do contrário, nos aportam argumentos que ratificam nossos valores ou crenças a partir de outras perspectivas.
(Fonte: amenteemaravilhosa.com.br / Para ler o artigo na íntegra acesse https://bit.ly/4fktv9U)

O segundo artigo sobre biografias, com o título “Por Que Gostamos de Ler Biografias?”, nos remete à importância de aprendermos através da experiência do outro, usando-a como um atalho para não perdermos tempo e energia cometendo os mesmos erros ou para chegarmos ao sucesso mais rapidamente nos espelhando em seus passos.

 (...)
A leitura de experiências reais nós dá conteúdo para as decisões e as consequências que enfrentamos no nosso dia a dia. A história (recente ou distante) sempre se repetirá, porque aqueles que fazem história eram e são, seres humanos.
Uma das melhores maneiras de adquirir experiência por ensinamentos de figuras histórias é lendo suas biografias. Elas promovem o autoconhecimento e a autodescoberta. Essas leituras funcionam como atalhos valiosos para ajudá-lo a fazer melhorias e obter melhores resultados em sua vida.
(...)
(Fonte: BRUNETTI, Kátia. Por Que Gostamos de Ler Biografias? Disponível em: Medium / https://bit.ly/3C8TTVX)

Observação: As biografias e autobiografias que compõem o CARDÁPIO DO MÊS de novembro estão dispostas no revisteiro que fica logo na entrada da Sala de Leitura. Aproveite a Sala de Leitura com o que ela tem de melhor: LIVROS!

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Livro da Semana: A FALÊNCIA, de Júlia Lopes de Almeida

Quando o livro A FALÊNCIA, de Júlia Lopes de Almeida, chegou à Sala de Leitura de nossa escola não dei muita importância porque ao relembrar as aulas de literatura brasileira de minha graduação em Letras e, desse modo, sendo pretensamente conhecedor dos bons autores nacionais, tanto o título quanto sua autora me eram totalmente desconhecidos. Sendo assim, com base em minha falta de informação, coloquei-o na estante de literatura brasileira em um lugar sem muito destaque, longe dos grandes nomes nacionais. Um tempo se passou, e, de repente, vejo esse livro compondo a lista de títulos nacionais indicados por um dos vestibulares mais importantes do Estado de São Paulo.
 Fui, então, pesquisar sobre ele e descobri que sua autora, Júlia Lopes de Almeida, é mais um exemplo, dentre tantos outros, da tentativa de apagamento da figura feminina no âmbito profissional, cultural e intelectual. Em sua época, final do século XIX, Júlia já agia como crítica da sociedade em que vivia, sendo feminista sem o saber (o termo nem existia em sua época). Escreveu romances com características realistas e naturalistas, como A FALÊNCIA, sua obra mais conhecida. Portanto, foi uma escritora bem-sucedida, que defendeu a educação para as mulheres, o divórcio e o voto feminino.Vivendo em numa sociedade em transição, que passava de escravocrata à capitalista, em um período pós-monarquia e que recentemente havia abolido, pelo menos oficialmente, a escravidão, Júlia Lopes de Almeida traz à luz, em seu livro A FALÊNCIA, temas como a submissão e dependência financeira das mulheres em relação a seus maridos, misoginia, religião, preconceito racial, casamento por conveniência social e financeira, mulher em um relacionamento extraconjugal e outros assuntos que continuam em discussão na sociedade brasileira e mundial até os dias de hoje. Segundo relatos de leitores da obra, trata-se de um livro que demora um pouco para cativar seu leitor, mas, a partir de determinado momento, não se quer parar de lê-lo nem por um segundo até chegar ao seu término pois tem uma trama muito bem construída e caso fosse adaptado para a TV ou cinema seria um grande sucesso.
Júlia foi contemporânea de Machado de Assis e Aluísio de Azevedo e ao longo de 45 anos escreveu e publicou romances, contos, crônicas, peças de teatro, ensaios e até mesmo livros didáticos para crianças (30 anos antes de outro de seus contemporâneos, Monteiro Lobato, voltar-se à literatura infantil). Entretanto, mesmo tendo integrado o grupo que constituiu a ABL (Academia Brasileira de Letras) e de ter seu nome incluído na primeira lista de “imortais” da instituição, não pôde tomar posse de sua cadeira em 1897, a qual foi para seu marido, o português Filinto de Almeida. Como prova do machismo e desvalorização da mulher na sociedade brasileira do século XIX e metade do século XX, a liberação à participação feminina na ABL viria somente 80 anos depois, com a eleição de Rachel de Queiroz, em 1977.
Então, por tudo isso e mais um pouco, penso que vale a pena realizar essa leitura e conhecer mais sobre essa grande escritora nacional.
(Fonte: André Luiz Gattás - professor da Sala de Leitura)

Relatos  Sobre A FALÊNCIA

"Surpreendente! Pensei que seria só mais uma leitura para o vestibular, mas não. Já conhecia a autora por "Ânsia Eterna", porém a escrita deste aqui é totalmente diferente. A leitura é meio chatinha no início, mas depois que você se prende no enredo, segue rapidamente. O livro em si é uma crítica à sociedade burguesa do século XIX, e discute temas importantes, como escravidão, religião, adultério e o papel da mulher na sociedade da época. Muito bom, o livro é genial."

"A obra explora, não só a falência monetária de uma família burguesa do século XIX, mas a falência moral, monárquica e patriarcal da época. Júlia Lopes de Almeida fala sobre adultério, arte, racismo e pobreza, mas a crítica mais marcante nessa leitura é referente ao papel da mulher na sociedade."

"Surpreendentemente atual! Fiquei impressionada de como esse livro é bom, realmente não esperava gostar tanto por ser um livro antigo. O desenrolar da história é incrível e repleta de críticas que ainda são atuais, com reflexões sobre a sociedade e as relações humanas. A obra transcende o tempo e ainda traz uma visão profunda do contexto histórico e social da época."

Fonte: skoob.com.br / https://bit.ly/3TSkOvb

RESENHAS SOBRE A FALÊNCIA

- SARDI, Gabriela. A falência da sociedade desigual em Júlia Lopes de Almeida. Disponível em: UFRGS – Jornal da Universidade, publicado em 23/06/2022 (Especial: Leituras do Vestibular)/ https://bit.ly/3zVldWN

- Resenha: A Falência por Júlia Lopes de Almeida, publicado em 11/09/2020. Disponível em Naty's Bookshelf Blog / https://bit.ly/4eP4zXH

VÍDEO-RESENHAS SOBRE A FALÊNCIA

(Fonte: canal Aline Aimée - YouTube / https://bit.ly/3Y9oefy)

(Fonte: canal Ler Antes de Morrer - YouTube / https://bit.ly/4erxcus)

(Fonte: canal Literatura com Alencar - YOuTube / https://bit.ly/4dzoQ2C)

(Fonte: canal O Magriço Cibernético / https://bit.ly/3XT21AT)

QUEM FOI JÚLIA LOPES DE ALMEIDA?

Júlia Lopes de Almeida, filha de portugueses ricos e cultos, nasceu em 24 de setembro de 1862, no Rio de Janeiro. Porém, quando ainda era criança, ela e sua família se mudaram para uma fazenda, em Campinas, no estado de São Paulo. A escritora recebeu uma educação liberal e, com o apoio do pai, aos 19 anos de idade, já escrevia para A Gazeta de Campinas, atividade intelectual incomum para as mulheres da época, uma vez que era monopolizada pelos homens.

Alguns anos depois, em 1886, Júlia Lopes de Almeida mudou-se para Lisboa, em Portugal, e publicou, em coautoria com a irmã — a escritora Adelina Lopes Vieira (1850-1923) —, o livro Contos infantis. Por isso, é considerada uma das pioneiras da literatura infantil brasileira. Ali conheceu e se casou com o poeta português Filinto de Almeida e publicou seu primeiro livro para adultos — Traços e iluminuras —, que foi escrito quando a autora tinha 24 anos.

A contista, romancista, cronista e dramaturga Júlia Lopes de Almeida retornou ao Brasil em 1888. Mas, décadas depois, de 1913 a 1918, morou novamente em Portugal. E, de 1925 a 1931, fixou residência em Paris. Morreu no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1934, vítima de malária, possivelmente contraída em sua recente viagem à África, deixando uma obra de autoria feminina extensa e não só literária, mas também historicamente significativa.

A escritora tinha ideias bem avançadas para a sua época, pois defendia a abolição da escravatura, a república, o divórcio e a educação formal de mulheres, além dos direitos civis. Escreveu para periódicos como A Mensageira, Única, O Quinze de Novembro, Kosmos, O País, A Gazeta de Notícias, A Semana, Jornal do Comércio, Ilustração Brasileira, Tribuna Liberal e Brasil-Portugal. Também realizou palestras sobre o lugar da mulher na sociedade brasileira e outras questões nacionais.

Academia Brasileira de Letras

Alguns idealizadores da ABL, como Filinto de Almeida (o sétimo da esquerda para a direita), além de Olavo Bilac e Machado de Assis.

A Academia Brasileira de Letras foi fundada em 1897; porém, seu planejamento começou logo após a Proclamação da República (1889), por iniciativa de um grupo de intelectuais. Entre eles, Júlia Lopes de Almeida era a única mulher. Assim, o escritor Lúcio de Mendonça (1854-1909), em artigo no jornal Estado de S. Paulo, mostrou ser justo oferecer uma cadeira na Academia para a escritora. Todavia, isso não ocorreu, pois, segundo os intelectuais que se opuseram, não havia mulheres na Académie Française de Lettres, que servia de inspiração para a Academia Brasileira.

Em vez da escritora, foi aceito o seu marido, Filinto de Almeida, para ocupar a cadeira número 3, na Academia Brasileira de Letras, que se manteve exclusivamente masculina até 1977, quando Rachel de Queiroz (1910-2003) tornou-se a primeira mulher eleita para a Academia. Porém, quando a ABL completou 120 anos, Júlia Lopes de Almeida foi homenageada, como forma de restituir seu nome como cofundadora.

(Fonte: brasilescola.com.br / https://bit.ly/47WfI74)

ANO 2024 - Bem-vindos!

CARDÁPIO DO MÊS - Abril 2024

O projeto CARDÁPIO DO MÊS tem por objetivo chamar a atenção dos usuários da Sala de Leitura para determinadas obras que a cada mês são sel...