Então, por tudo isso e mais um pouco, penso que vale a pena realizar essa leitura e conhecer mais sobre essa grande escritora nacional.
(Fonte: André Luiz Gattás - professor da Sala de Leitura)
Relatos Sobre A FALÊNCIA
"Surpreendente!
Pensei que seria só mais uma leitura para o vestibular, mas não. Já conhecia a
autora por "Ânsia Eterna", porém a escrita deste aqui é totalmente
diferente. A leitura é meio chatinha no início, mas depois que você se prende
no enredo, segue rapidamente. O livro em si é uma crítica à sociedade burguesa
do século XIX, e discute temas importantes, como escravidão, religião,
adultério e o papel da mulher na sociedade da época. Muito bom, o livro é
genial."
"A obra explora, não só a falência monetária de uma família burguesa do século XIX, mas a falência moral, monárquica e patriarcal da época. Júlia Lopes de Almeida fala sobre adultério, arte, racismo e pobreza, mas a crítica mais marcante nessa leitura é referente ao papel da mulher na sociedade."
"Surpreendentemente atual! Fiquei impressionada de como esse livro é bom, realmente não esperava gostar tanto por ser um livro antigo. O desenrolar da história é incrível e repleta de críticas que ainda são atuais, com reflexões sobre a sociedade e as relações humanas. A obra transcende o tempo e ainda traz uma visão profunda do contexto histórico e social da época."
- SARDI, Gabriela. A falência da sociedade desigual em Júlia Lopes de Almeida. Disponível em: UFRGS – Jornal da Universidade, publicado em 23/06/2022 (Especial: Leituras do Vestibular)/ https://bit.ly/3zVldWN
- Resenha: A Falência por Júlia Lopes de Almeida, publicado em 11/09/2020. Disponível em Naty's Bookshelf Blog / https://bit.ly/4eP4zXH
VÍDEO-RESENHAS SOBRE A FALÊNCIA
Júlia Lopes de Almeida, filha de portugueses ricos e cultos, nasceu em 24 de setembro de 1862, no Rio de Janeiro. Porém, quando ainda era criança, ela e sua família se mudaram para uma fazenda, em Campinas, no estado de São Paulo. A escritora recebeu uma educação liberal e, com o apoio do pai, aos 19 anos de idade, já escrevia para A Gazeta de Campinas, atividade intelectual incomum para as mulheres da época, uma vez que era monopolizada pelos homens.
Alguns anos depois, em 1886, Júlia Lopes de Almeida mudou-se para Lisboa, em Portugal, e publicou, em coautoria com a irmã — a escritora Adelina Lopes Vieira (1850-1923) —, o livro Contos infantis. Por isso, é considerada uma das pioneiras da literatura infantil brasileira. Ali conheceu e se casou com o poeta português Filinto de Almeida e publicou seu primeiro livro para adultos — Traços e iluminuras —, que foi escrito quando a autora tinha 24 anos.
A contista, romancista, cronista e dramaturga Júlia Lopes de Almeida retornou ao Brasil em 1888. Mas, décadas depois, de 1913 a 1918, morou novamente em Portugal. E, de 1925 a 1931, fixou residência em Paris. Morreu no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1934, vítima de malária, possivelmente contraída em sua recente viagem à África, deixando uma obra de autoria feminina extensa e não só literária, mas também historicamente significativa.
A escritora tinha ideias bem avançadas para a sua época, pois defendia a abolição da escravatura, a república, o divórcio e a educação formal de mulheres, além dos direitos civis. Escreveu para periódicos como A Mensageira, Única, O Quinze de Novembro, Kosmos, O País, A Gazeta de Notícias, A Semana, Jornal do Comércio, Ilustração Brasileira, Tribuna Liberal e Brasil-Portugal. Também realizou palestras sobre o lugar da mulher na sociedade brasileira e outras questões nacionais.
Academia Brasileira de Letras
A Academia Brasileira de Letras foi fundada em 1897; porém, seu planejamento começou logo após a Proclamação da República (1889), por iniciativa de um grupo de intelectuais. Entre eles, Júlia Lopes de Almeida era a única mulher. Assim, o escritor Lúcio de Mendonça (1854-1909), em artigo no jornal Estado de S. Paulo, mostrou ser justo oferecer uma cadeira na Academia para a escritora. Todavia, isso não ocorreu, pois, segundo os intelectuais que se opuseram, não havia mulheres na Académie Française de Lettres, que servia de inspiração para a Academia Brasileira.
Em vez da escritora, foi aceito o seu marido, Filinto de Almeida, para ocupar a cadeira número 3, na Academia Brasileira de Letras, que se manteve exclusivamente masculina até 1977, quando Rachel de Queiroz (1910-2003) tornou-se a primeira mulher eleita para a Academia. Porém, quando a ABL completou 120 anos, Júlia Lopes de Almeida foi homenageada, como forma de restituir seu nome como cofundadora.
(Fonte: brasilescola.com.br / https://bit.ly/47WfI74)
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