sexta-feira, 27 de novembro de 2020

CULTURA ONLINE #4: PINACOTECAS, MUSEUS E CENTROS CULTURAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO

1. Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC) 

O MAC foi criado em 1963 quando a Universidade de São Paulo recebeu o acervo do antigo MAM de São Paulo, formado pelas coleções do casal de mecenas Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo, pelas coleções de obras adquiridas ou recebidas em doação durante a vigência do antigo MAM e pelos prêmios das Bienais de São Paulo, até 1961. Seu rico acervo é composto, entre outras, por obras de Amedeo Modigliani, Pablo Picasso, Joan Miró, Alexander Calder, Wassily Kandinsky, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Emiliano Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Lygia Clark e uma maravilhosa coleção de arte italiana do começo do século XX. 
O acervo atualmente também tem obras de Henry Moore, Cildo Meireles, Julio Plaza, Joseph Beuys, Leda Catunda, Rosângela Rennó, Jonathas de Andrade e vários outros artistas brasileiros e internacionais. 
Situado em um complexo arquitetônico criado na década de 50 do século XX pelo arquiteto Oscar Niemeyer e sua equipe, o MAC USP possui um acervo de cerca de 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações. É considerado um centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional, mantendo à disposição de estudantes, especialistas e do público em geral uma biblioteca e um importante arquivo documental.

MISSÃO E OBJETIVOS
O MAC USP tem como missão promover o estudo e a difusão do acervo, assim como a sua conservação, proteção, valorização, ampliação, e reconhecimento como patrimônio artístico brasileiro no Brasil e no Exterior. Além disso, o Museu busca desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão nas áreas de Museologia da Arte, História, Teoria e Crítica de Arte e Educação e Arte em Museus, incentivar o intercâmbio científico e cultural com instituições afins no Brasil e no Exterior e fomentar a produção artística contemporânea.
Como objetivos institucionais, o MAC USP deve executar procedimentos curatoriais, desenvolver pesquisas interdisciplinares, ministrar o ensino de graduação e de pós-graduação, editar publicações técnicas e científicas, manter intercâmbio científico e cultural com instituições afins do Brasil e do exterior e propiciar condições para o desenvolvimento de projetos artísticos.

2. MUSEU DE ZOOLOGIA DA USP (MZUSP) - Ipiranga

É um museu público de história natural no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, atrás do Museu do Ipiranga. Sua sede é um prédio construído com o propósito de ser um museu de história natural, com vitrais e decorações em gesso, exibindo temática zoológica.

As missões do Museu de Zoologia são:

Contribuir com o avanço científico e o estabelecimento de políticas públicas em Biodiversidade através da pesquisa científica de qualidade integrada ao ensino e referenciada por padrões internacionais.

Formar docentes pesquisadores de excelência através dos seus programas de pós-graduação e pós-doutoramento e contribuir com o ensino de graduação de forma indissociável de suas atividades de pesquisa.

Oferecer produtos culturais e educação não formal (extensão) aos diversos segmentos da sociedade através de suas exposições públicas de longa duração, temporárias e itinerantes.

[...] Hoje, o Museu de Zoologia é detentor de um dos maiores acervos zoológicos da América Latina e cumpre um papel crucial no desenvolvimento do conhecimento acerca da biodiversidade brasileira e global, tendo sido a primeira instituição brasileira a ser reconhecida como fiel depositária pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Ministério do Meio Ambiente). Com mais de 10 milhões de exemplares preservados, guarda testemunhos únicos sobre espécies e ecossistemas, alguns hoje extintos. Esse patrimônio é fonte de dados importantes em biologia evolutiva, paleontologia, ecologia, e biologia molecular. Por sua vez, essa informação é utilizada em estudos de monitoramento ambiental, mudanças climáticas e bioprospecção, temas de grande relevância no momento atual.
[...] O Museu de Zoologia também tem  engajamento efetivo na formação de zoólogos, pois os seus acervos servem como base para a educação formal de graduandos e pós-graduandos de todo o país. Muitos dos que se formaram no Museu ocupam hoje postos-chave na Zoologia brasileira. O ensino oferecido pelo MZUSP concentra-se principalmente em seu Programa de Pós-Graduação intitulado  “Sistemática, Taxonomia Animal e Biodiversidade”, além de ofertar diversas disciplinas optativas em cursos de graduação de unidades afins.

(Fonte: mz.usp.br)
No site, na seção de downloads, estão disponibilizados vários livros para colorir e passatempos educativos.
Para colorir:
- Dia dos Museus
- As Super-Mães da Natureza
- Animais Pré-Históricos do Museu de Zoologia
- Olha a Dengue!
- Dia do Biológo
- As Descobertas de Charles Darwin
- Pantanal
- Outubro da Bicharada
- Crianças da Natureza
- Haloween no Museu
Livros para colorir e montar: 
- Borboleteando no Museu
Máscaras da Fauna Brasileira
- A Biodiversidade Dentro do Museu de Zoologia - Série Aves Brasileiras
- A Biodiversidade Dentro do Museu de Zoologia - Série Mamíferos Brasileiros
E-books:
- Guia Prático Sobre Mamíferos Aquáticos 1 e 2
- As Explorações da Franciscana
Desafios e outras atividades:
- Encontre o Dono da Pata 1 e 2

Endereço: Av. Nazaré, 481 - Ipiranga, São Paulo - SP, 04263-000
Website: mz.usp.br
Horário: visitas necessitam de pré-agendamento através do site
Ingressos: gratuito · usp.br
Telefone: (11) 2065-8100

3. FUNDAÇÃO EMA KLABIN CASA - MUSEU - Jardim Europa
Localizado no bairro Jardim Europa, foi oficialmente registrado em 1978. A Fundação Cultural Ema Gordon Klabin é uma instituição sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública federal, que tem por objetivos a promoção e divulgação de atividades de caráter
cultural, artístico e científico, além da transformação da residência de Ema Gordon Klabin em museu aberto à visitação pública.
Para conhecer melhor a história deste espaço cultural e de sua fundadora, Ema Klabin, assista ao vídeo abaixo.
(Fonte: Fundação Ema Klabin / https://bit.ly/3me892T) 
Endereço: R. Portugal, 43 - Jardim Europa, CEP 01446-020
Website: emaklabin.org.br
Horários:
Visitas sem agendamento:
- de quarta a sexta com educador, às 14h, 15h, 16h e 17h, Valor: R$ 10,00 inteira ou R$ 5,00 meia*
- sábados e domingos visitação livre das 14h às 17h, ou com educador às 14h, 15h, 16h e 17h (valor gratuito)
Visitas agendadas, em grupo:
De quarta à sexta, às 10h, 11h, 14h, 15h, 16h e 17h, valor R$ 10,00 inteira ou R$ 5,00 meia* (gratuito para alunos e professores de escola pública, ONGs e pessoas com deficiência)
Lotação
: máximo de 44 pessoas
Telefone: (11) 3897-3232

4. Museu da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo (MDS) - Estação República do Metrô, Largo do Arouche
Criado em 2012, pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, com o intuito de difundir a cultura da população LGBT no Brasil, o museu conta com exposições temporárias e itinerantes, que percorrem outras cidades do Estado de São Paulo.
O MDS tem fácil acesso já que está localizado dentro da Estação República do Metrô. 

Primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática, o Museu da Diversidade Sexual foi criado por meio do Decreto 58.075, de 25 de maio de 2012, vinculado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

De acordo com seu documento de criação, o MDS ou Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo tem as seguintes atribuições: Garantir a preservação do patrimônio cultural da comunidade LGBT brasileira, através da coleta, organização e disponibilização pública de referenciais materiais e imateriais.
Pesquisar e divulgar o patrimônio histórico e cultural da comunidade LGBT brasileira e, em especial, paulista;
Valorizar a importância da diversidade sexual na construção social, econômica e cultural do Estado de São Paulo e do Brasil;
Publicar e divulgar documentos e depoimentos referentes à memória e à história política, econômica, social e cultural da comunidade LGBT e sua interface com o Estado de São Paulo.
Apesar de representar uma parcela importante da sociedade (pesquisas apontam que 10% se identificam como LGBT), a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros têm sofrido com a discriminação e violência ao longo do tempo e teve como consequência o cerceamento de seus direitos e a invisibilidade de sua comunidade. Porém, é importante frisar que, historicamente, ela tem influenciado de forma marcante diversas manifestações artístico-culturais, como dança, música, literatura, artes plásticas e teatro, entre outras.
Assim, entendendo seu papel importante e transformador da cultura brasileira, a missão deste espaço governamental é preservar o patrimônio sócio, político e cultural da comunidade LGBT do Brasil por meio da pesquisa, salvaguarda e comunicação de referências materiais e imateriais, com vistas à valorização e visibilidade da diversidade sexual, contribuindo para a educação e promoção da cidadania plena e de uma cultura em direitos humanos.
As atividades culturais, educativas e expositivas do MDS têm foco especialmente nas identidades de gênero, orientações sexuais e expressões de gênero das minorias sexuais para estabelecer um espaço de convivência, manutenção da memória da população LGBT e potencializar estudos acerca da diversidade sexual. (Fonte: mds.org.br/quem-somos/)

PROGRAMA DE ITINERÂNCIA
Um dos principais programas do Museu da Diversidade Sexual é a disponibilização de seu acervo expositivo para a circulação, em parceria com municípios do interior e do litoral paulista. Esta ação tem como principal objetivo promover o acesso as exposições que fizeram temporada no MDS e colaborar para a construção de uma sociedade mais inclusiva, justa e solidaria, levando o conhecimento dos conceitos sobre a diversidade sexual e direitos humanos.
Para solicitar informações sobre o programa entre em contato através do email: mds@apaa.org.b 
(Fonte: mds.org.br/programa-de-itinerancia/)

Visitas
Horário: ter – dom, 10h – 18h (Atividades temporariamente suspensas)
Entrada gratuita | Acessibilidade para deficientes físicos
Endereço: Estação República do Metro, R. do Arouche - atrás da bilheteria, piso Mezanino, loja 518
Fundação: 25 de maio de 2012
Telefone: (11) 3882-8080
Website: mds.org.br

5. Centro Cultural de São Paulo - Estação Vergueiro do Metrô  - Liberdade

É uma instituição pública subordinada à Secretaria Municipal de Cultura
Concebido com o primeiro centro cultural multidisciplinar do país, o CCSP tem espaços de naturezas muito diversas, destinados a usos complementares e amplos, ocupando sua extensa área de 46.500 m² e quatro pisos. Conheça um pouco dessa diversidade

Salas de espetáculos:
- Adoniran Barbosa: espaço de arena único, rodeado por vidros;
- Jardel Filho: espaço mais tradicional, que recebe música, teatro e dança;
- Lima Barreto e Paulo Emílio: destinadas à programação de cinema;
- Espaço Cênico Ademar Guerra: localizado no porão do CCSP, é um espaço de multiuso e alternativo.
- Flávio de Carvalho
- Caio Graco: possui acesso a partir da Rua Vergueiro e abriga a Sala Tarsila do Amaral, ambiente climatizado dedicado especialmente às exposições do acervo da instituição.

Pisos expositivos:
- Flávio de Carvalho
- Caio Graco: possui acesso a partir da Rua Vergueiro e abriga a Sala Tarsila do Amaral, ambiente climatizado dedicado especialmente às exposições do acervo da instituição.

Espaços Educativos:
- Sala da Ação Cultural (conhecida como Sala de Vidro);
- Sala Leon Hirszman;
- Folheateria;
- Laboratório de Fotografia;
- Estúdio de Rádio.
Outros espaços educativos em parceria com coletivos da cidade e áreas da Prefeitura:
- Oficina Mão na Roda: localizada na entrada da rampa do metrô;
- Horta Comunitária: localizada no Jardim Suspenso;
- Fab Lab Livre SP: é um espaço de convivência e práticas culturais.

Bibliotecas e Acervos:
- Biblioteca Sérgio Milliet: é o maior e mais generalizado acervo
- Biblioteca Alfredo Volpi: especializada em livros de arte;
- Gibiteca Henfil: acervo de histórias em quadrinhos;
- Biblioteca Louis Braille: acervo com ampla coleção de livros em braille e audiolivros;
- Biblioteca de Culturas Surdas: acervo e atendimento especial para o público surdo.
Observação: a Área de Acervos também pode ser acessada por qualquer interessado, mas, em geral, é necessário agendamento prévio por telefone ou e-mail.
- Coleção de Arte da Cidade;
- Arquivo Multimeios;
- Núcleo Memória;
- Missão de Pesquisas Folclóricas;
- Acervo Ronoel Simões;
- Discoteca Oneyda Alvarenga: coleção de discos que fica disponível para audição ao fundo do conjunto de Bibliotecas (único acervo sem necessidade de agendamento prévio)
- Laboratório para restauro e conservação de livros, documentos e obras (acessível somente a funcionários da área).
Jardins e Áreas Livres:

- Jardim Eurico Prado Lopes (localizado na rampa de acesso ao metrô);
- Jardim Luiz Telles (localizado na entrada da Rua Vergueiro, ao lado do restaurante)
- Jardins suspensos: de lá temos ampla vista da cidade e os visitantes podem tomar sol, fazer piquenique, descansar, encontrar os amigos;
- Jardim Sul: é destinado mais especificamente aos estudos, com mesas e tomadas disponíveis aos estudantes;
- Área de Convivência;
- Foyer;
- Corredor da Dança: utilizado por praticantes amadores e profissionais de diversas expressões artísticas, do tango ao break;
- Rampa do Metrô: reconfigurada pelo uso do público e não é mais somente um lugar de acesso, mas um espaço repleto de artistas.

Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso, CEP 01504-000, Estação Vergueiro
Ingressos: gratuito · centrocultural.sp.gov.br
Telefone: (11) 3397-4002
Inauguração: 13 de maio de 1982 
Horário: de terça à sexta, das 10h às 20h e aos sábados e domingos, das 10h às 18h
Website: centrocultural.sp.gov.br

terça-feira, 24 de novembro de 2020

LIVROS DA SEMANA: LITERATURA DE CORDEL - LIVROS DE NOSSO ACERVO

Há duas semanas atrás fizemos uma resenha do livro Histórias no Varal, com textos de dois grandes escritores de literatura de cordel nordestinos. Agora vamos apresentar outros títulos em forma de cordel, de nosso acervo, nos quais textos clássicos da literatura universal foram adaptados para esse tipo de estética literária que existe no Brasil há 150 anos, originárias de Espanha e Portugal. O objetivo dessas três obras jamais será o de substituir os textos originais em sua riqueza, beleza e apuro estético. Pelo contrário, devem servir de estímulo aos leitores jovens e iniciantes para que posteriormente leiam essas obras em sua versão original e insuperável, como clássicos universais que o são. 

1. SHAKESPEARE NAS RIMAS DO CORDEL, Stélio Torquato Lima
Esta obra tem por objetivo aproximar o renomado "bardo" inglês do grande público, transportando para a literatura de cordel onze obras desse grande poeta e dramaturgo da Renascença e com belíssimas ilustrações do renomado artista plástico Fernando Vilela. São elas: 
a. as tragédias Romeu e Julieta, Otelo, Macbeth, Rei Lear;
b. as comédias Sonho  de uma Noite de Verão, Muito Barulho por Nada, O Mercador de Veneza, A Megera Domada, A Tempestade;
c. o drama histórico Ricardo III.
É uma ótima maneira de você conhecer essas grandes obras universais de uma maneira leve e divertida. Mais a frente você pode até se interessar por ler uma delas no texto original. Muitas novelas, filmes e peças de teatro foram feitas baseados nessas histórias e personagens criados por por William Shakespeare e ainda hoje em dia o são. Shakespeare está para a literatura e o teatro assim como a banda The Beatles está para a música pop internacional. Fez e faz escola até hoje! Um verdadeiro clássico!

2. PRIMAS EM CORDEL, de Stélio Torquato
Na mesma proposta do livro acima, esta obra, composta por obras primas (por isso o título) também trás ao grande público doze obras de referência da literatura ocidental pertencentes a períodos literários diversos e que foram transformadas em cordel e ricamente ilustradas por belas xilogravuras do artista plástico André de Miranda
Período clássico: 
- A Ilíada, de Homero (poema épico);
- A Odisseia, de Homero (poema épico);
- A Eneida, de Virgílio (poema épico).
Período pré-renascentista: 
- A Divina Comédia, de Dante Alighieri (poema de viés épico e teológico);
- Decamerão, de Giovanni Boccaccio (contos/novelas).
Período maneirista:
- Dom Quixote, de Miguel de Cervantes (romance, ficção de aventura);
- Romeu e Julieta, de William Shakespeare (tragédia/dramaturgia).
Período romântico:
- Fausto, de Goethe (poema trágico);
- O Corcunda de Notre-Dame; de Victor Hugo (romance histórico);
- O Médico e o Monstro; de Robert Louis Stevenson (romance).
Período realista:
- Madame Bovary, de Gustave Flaubert (romance realista);
- O Vermelho e o Negro, de Stendhal (romance histórico psicológico).
Essa pluralidade de autores nos dá a oportunidade de apreciarmos textos de diferentes estéticas e diferentes épocas, desde a Grécia Antiga, passando pela Renascença e chegando até ao romance realista do século XIX. 

SOBRE CORDEL - NARRATIVA POPULAR EM VERSO:
Com o fim de realçar ainda mais a graciosidade das histórias aqui selecionadas, Stélio Torquato Lima optou por apresentá-las na estrutura tradicional do cordel, que é um gênero literário com mais de 150 anos no Brasil, sendo ainda mais antigo na Europa, onde veio a ser cultivado por países como Portugal e Espanha. O cordel, que tem esse nome porque era vendido em cordões (barbantes) na Europa, é uma narrativa popular em versos, ou seja, traz histórias através de poemas e de um modo espontâneo, como o povo costuma olhar para as coisas.
O cordel, como todo gênero literário, possui regras que o distinguem dos demais gêneros. Entre essas características, está o fato de os autores utilizarem estrofes contendo quadro versos (quadras), seis versos (sextilhas) sete versos (setilhas) ou dez versos (décimas). Além disso, a linguagem do cordel procura ser bastante acessível aos leitores, sendo marcada tanto pela simplicidade como pelo regionalismo. (Fonte: armazemdacultura.wixsite.com / https://bit.ly/3fxCy9M)   

3. CERVANTES EM CORDEL - QUATRO NOVELAS EXEMPLARES, de Arievaldo Viana e Stélio Torquato
As "Novelas Ejemplares" em seu texto original são uma série de novelas curtas escritas por Miguel de Cervantes entre 1590 e 1612 e publicadas em 1613Esses textos apresentavam um certo caráter didático e moral, sendo que algumas novelas tinham um caráter idealista e outras um caráter realista. Cervantes baseou-se em textos similares feitos na Itália, na mesma época. Por terem um final emocionante e serem muito bem construídas, essas novelas de Miguel de Cervantes foram escolhidas para compor este livro de cordel com lindas ilustrações do artista plástico Jean-Claude R. Alphen. São elas:
- O Licenciado Vidriera;
- A Força do Sangue;
- O Casamento Enganoso;
- O Ciumento.

QUEM É STÉLIO TORQUATO LIMA?

Nasceu em Fortaleza, em 08 de outubro de 1966. É doutor em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Iniciou a carreira docente em 1995, na Universidade do Estado Rio Grande do Norte (UERN), em Mossoró, RN, como professor de Teoria Literária. Foi também professor de Literaturas de Línguas Vernáculas na Universidade Estadual do Ceará (UECE). Atualmente, é professor de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde coordena o Grupo de pesquisa “Literatura Popular em Versos”. Recentemente, seu cordel “Lógikka, a bruxinha verde” foi uma da obras selecionadas no Prêmio Mais Cultura, promovido pelo Ministério da Cultura.
(Fonte: armazemdacultura.wixsite.com / https://bit.ly/3fxCy9M)


QUEM FOI ARIEVALDO VIANA?

Bisneto do cordelista
Fitico e filho do agricultor Evaldo, em 1977, aos 10 anos de idade, começou a escrever seus primeiros poemas.
Em 1982, começou a trabalhar no Jornal de Canindé, logo depois, passou a colaborar com o Caderno de Domingo no jornal O Povo, de Fortaleza, no ano seguinte, publica seus primeiros folhetos de cordel.
Em 1986, lançou "Canindé – Cidade da Fé", uma história em quadrinhos com influências do cordel em parceria com o poeta Gonzaga Vieira. Ao lado do irmão, Klévisson Viana, colaborou com o fanzine "Tramela".
Em 1995, Klévisson Viana funda a editora Tupynanquim, onde passa a editar cordéis e quadrinhos, Klévisson publicou seu primeiro cordel A botija encantada ou o preguiçoso afortunado, escrito em parceria com Arievaldo, em menos de dois anos, ambos publicaram por volta de 30 folhetos em parceria.
Arievaldo também atou como ilustrador de cordéis da editora Luzeiro de São Paulo, produzindo capas para cordéis de novos autores como Marco Haurélio, Moreira de Acopiara e de clássicos de Francisco Sales Arêda e João Melchíades Ferreira da Silva.
Em 2000, foi eleito membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira da Silva. No mesmo ano, lança o projeto projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos, adotado pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto de Canindé, Ceará[2] e diversos outros municípios brasileiros. Em 2005, a apostila do projeto se tornou um livro, além de folhetos, a edição trazia um CD com gravações de Geraldo Amâncio, Zé Maria de Fortaleza, Mestre Azulão e do próprio Arievaldo.
Seu cordel A moça que namorou com o bode, ganhou em 2003 uma versão em quadrinhos pelo seu irmão Klévisson, publicada pelas editoras Tupynanquim, Coqueiro e CLUQ, a adaptação ganhou o Troféu HQ Mix de 2004 como "melhor edição especial nacional".
Já percorreu 10 estados ministrando oficinas e realizando palestras sobre literatura de Cordel. Arievaldo tem alguns trabalhos escritos em parceria com outros poetas como Pedro Paulo Paulino, Jota Batista, Klévisson Viana, Gonzaga Vieira, Zé Maria de Fortaleza, Manoel Monteiro da Silva, Rouxinol do Rinaré e Marco Haurélio.
Atuou como consultor e redator de uma série de programas da TV Escola sobre cordel.
Em 30 de maio de 2020, Arievaldo Viana faleceu por meio de uma infecção bacteriana gerada na dentição. A última obra publicada por Arievaldo foi Sertão em Desencanto (2016), na qual conta a história de sua família. 
(Fonte: wikiwand.com /https://bit.ly/3m81yqA) 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

SUPER DICAS #5: PORTAL GELEDÉS

VOCÊ CONHECE O PORTAL GELEDÉS?
(www.geledes.org.br)

Geledés – Instituto da Mulher Negra foi criado em 30 de abril de 1988.

O Geledés é uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

Posiciona-se também contra todas as demais formas de discriminação que limitam a realização da plena cidadania, tais como: a homofobia, a lesbofobia, os preconceitos regionais, de credo, opinião e de classe social.

Dessa perspectiva, as áreas de atuação prioritárias da ação política e social de Geledés são a questão racial, as questões de gênero, as implicações desses temas com os direitos humanos, a educação, a saúde, a comunicação, o mercado de trabalho, a pesquisa e as políticas públicas.

Em todos esses temas Geledés desenvolve projetos próprios ou em parceria com outras organizações de defesa dos diretos de cidadania além de monitorar e reproduzir nesse Portal o debate público que ocorre sobre cada um deles no país e no mundo.

O Portal Geledés é o espaço de expressão pública das ações realizadas pela organização no passado e no presente e de seus compromissos com a defesa intransigente da cidadania e dos direitos humanos, e a denúncia permanente dos entraves que persistem para a concretização da justiça social, a igualdade de direitos e oportunidades em nossa sociedade.

Geledés – Missão Institucional

Na questão racial, Geledés soma-se às lutas dos movimentos negros pela criminalização efetiva do racismo e da discriminação racial em suas múltiplas manifestações na sociedade brasileira, e defende políticas de ação afirmativa nos diferentes campos das políticas públicas como forma de eliminação das desigualdades raciais e promoção e valorização social da população negra.

Nas questões de gênero, Geledés alinha-se à agenda feminista, atuando contra a violência doméstica e sexual contra a mulher, pela realização da igualdade no mercado de trabalho, em defesa dos direitos reprodutivos e direitos sexuais das mulheres, pela descriminalização do aborto, contra os estereótipos e estigmas que se reproduzem sobre as mulheres nos meios de comunicação. No tema da violência contra a mulher, desenvolveu o Aplicativo PLP 2.0, para socorrer mulheres em situação de violência.

Direitos Humanos

Em relação aos direitos humanos, o Programa Direitos Humanos de Geledés historicamente se constitui em instrumento de visibilização da dimensão racial que a problemática dos direitos humanos tem na sociedade brasileira. As violações dos direitos humanos no Brasil articulam a exclusão social e a racial para configurar os padrões de violação de direitos, de dignidade humana que afetam de maneira desproporcional a população negra. A partir dessa perspectiva, desenvolvemos estratégias de enfrentamento utilizando instrumentos jurídicos disponíveis no atendimento à vítimas de racismo, capacitando lideranças comunitárias para o exercício dos direitos de cidadania, sistematizando e produzindo conhecimento que permitam a incidência política de mulheres negras na sociedade brasileira por meio de uma estratégia educativa que enfatiza a interdependência e indivisibilidade dos direitos humanos, civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais.

Educação

Na área da educação, ela é concebida como um direito humano, e o Programa de Educação de Geledés pauta sua ação para proteger, assegurar e expandir os direitos educativos de negras e negros. Compreender a educação como um direito humano é identificar que cabe ao Estado brasileiro garantir e efetivar o direito à educação, e que os sistemas de ensino desenvolvam uma educação adequada à todas as pessoas, cumprindo assim as obrigações determinadas em legislação nacional e internacional.

Para assegurar a efetivação dessas normas, atua em rede, com diversos setores da sociedade civil, em nível nacional, pela defesa da educação pública de qualidade e por mais investimentos para a área da educação.

Desenvolvemos projetos para a implementação da Lei 10639/03 que alterou a LDB; de formação de profissionais de educação e de publicação de materiais didáticos voltados para o combate ao racismo e sexismo.

Comunicação

comunicação é um direito humano, e a partir dessa perspectiva o Programa de Comunicação de Geledés compreende o tema como uma questão vital  para os movimentos sociais em geral e para as mulheres negras em particular, pois além de instrumento de visibilidade, a Comunicação é tratada como um nexo de empoderamento. Neste sentido, investe na capacitação de mulheres negras em comunicação, mídia e advocacy, e na atuação em rede através das Comunicadoras Negras, uma estratégia para a formação em educomunicação e empoderamento de ativistas e instituições dos movimentos sociais.

Saúde

Em relação ao tema da saúde, o Programa de Saúde de Geledés realiza articulação política com outras organizações não governamentais e movimento social, para interferir na elaboração e implementação de políticas públicas na área da saúde e dos direitos sexuais e direitos reprodutivos, que atendam às necessidades e interesses das mulheres negras em particular e da população negra em geral. Desenvolve projetos de prevenção e promoção da saúde e atua pela implementação do Plano Nacional de Saúde da População Negra, como forma de reduzir os padrões superiores de morbidade e mortalidade encontrados na população negra quando comparada à população branca.

Monitoramento e Incidência em Políticas Públicas

Geledés participa de diversas iniciativas da sociedade civil de Monitoramento e Incidência em Políticas Públicas, nos âmbitos municipal, estadual e federal, atuando em diversas instâncias de controle social, que visam a promoção da igualdade de gênero e raça. Na espera internacional, atua nas iniciativas da ONU e acompanha os trabalhos da Comissão Interamericana de Direitos Humanos; participa dos esforços de diversas organizações da sociedade civil das Américas pela aprovação da Convenção Interamericana de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Geledés possui status consultivo na Organização dos Estados Americanos-OEA.

Portal Geledés

O Portal Geledés é o espaço de expressão pública das ações realizadas pela organização no passado e no presente, e de seus compromissos políticos com a defesa intransigente da cidadania e dos direitos humanos,  a denúncia permanente dos entraves que persistem para a concretização da justiça social, a igualdade de direitos e oportunidades em nossa sociedade. É também um espaço onde  celebramos a contribuição de africanos/as, negros/as e/ou afrodescendentes, nas mais variadas modalidades de expressões culturais, entendendo que as culturas africanas e afrodescendentes compõe o patrimônio cultural de africanos/as e afrodescendentes de qualquer lugar do mundo. No Portal expressamos o orgulho que temos de nosso pertencimento, às lutas empreendidas por homens e mulheres africanas e afrodescendentes, do passado e do presente, em incansável  busca pela realização de seus sonhos de liberdade e igualdade.

Abaixo segue o título e subtítulo de um dos inúmeros posts do Portal Geledés com o link para vocês lerem a reportagem e assistirem aos vídeos. Trata-se de discursos de famosos falando sobre questões relacionadas ao racismo.

10 discursos famosos para refletir sobre o racismo
Nas falas, fica claro como o racismo estrutural, infelizmente, ainda está presente no Brasil e no mundo, nas mais diversas esferas
Aqui você verá vídeos originais de: 
- Martin Luther King (pastor e ativista político)
- Chadwik Boseman (ator, diretor e roteirista)
- Muhammad Ali (pugilista)
- Viola Davis (atriz e produtora)
- Emicida (rapper, cantor e compositor), 
- Chris Rock (comediante, ator, roteirista, produtor, dublador e cineasta) 
- Barack Obama (advogado, político e ex-presidente dos EUA)
- Djamila Ribeiro (filósofa, feminista, escritora e acadêmica)
- Spike Lee (cineasta, escritor, produtor, ator e professor) 
- Zianna Oliphant (garota americana que em 2016, com nove anos, fez discurso emocionado após a morte de um homem negro pela polícia no estado da Carolina do Norte)
Para ler e assistir aos vídeos acesse: https://bit.ly/3kJnV43

ANO 2024 - Bem-vindos!

CARDÁPIO DO MÊS - Abril 2024

O projeto CARDÁPIO DO MÊS tem por objetivo chamar a atenção dos usuários da Sala de Leitura para determinadas obras que a cada mês são sel...