A OBRA-PRIMA DE MARYSE CONDÉ,
EM TRADUÇÃO DA PREMIADA ESCRITORA NATALIA BORGES POLESSO, COM PREFÁCIO DA
ACLAMADA ESCRITORA CONCEIÇÃO EVARISTO
Em Eu, Tituba: bruxa negra de
Salem, a escritora caribenha Maryse Condé dá voz e corpo a uma das primeiras
mulheres julgadas durante o pânico moral em torno das bruxas em Salem,
Massachusetts, e silenciada por três séculos, devido à implacável
historiografia racista.
A história de Tituba é a
história das mulheres da diáspora e do povo negro. É também a história de todas
as pessoas que seguem a própria verdade, em vez de professar a fé do
colonizador. É a história dos e das dissidentes e dos seres de alma livre. Por
isso é uma história bela e complexa, cujo final, a despeito dos infortúnios, é
sempre benfazejo, pois é a história dos que resistem.
Maryse Condé anota no início
deste grande romance: "Tituba e eu vivemos uma estreita intimidade durante
um ano. Foi no correr de nossas intermináveis conversas que ela me disse essas
coisas que ainda não havia confiado a ninguém." Da mesma forma, quem lê
Tituba poderá ouvi-la falar, a partir do invisível, e com ela aprenderá sua
arte, que, por curar, desestabiliza estruturas cristalizadas, medeia novas
concepções de identidades e culturas e protege as pessoas insurgentes.
- Quatro Motivos Para Ler Maryse Condé - Grupo Editorial Record/Blog (https://bit.ly/2U7pBx1)
VÍDEO-RESENHAS:
Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem
Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem
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(Fonte: arquivo UOL) |
Além
de seus livros, Condé teve uma distinta carreira acadêmica. Em 2004 retirou-se
da Universidade de Columbia como Professora Emérita de Francês. Anteriormente
ensinou na Universidade de Califórnia, Berkeley, UCLA, a Sorbonne, A
Universidade de Virginia e a Universidade de Nanterre.
Em
2018, Condé venceu o prémio de literatura alternativo ao Nobel, suspenso
naquele ano por acusações de corrupção e assédio sexual de jurados.
Os
romances de Condé exploram assuntos raciais, de género e culturais numa
variedade de eras históricas.
Centram-se
nas relações entre os povos africanos e a diáspora, especialmente nas Caraíbas.
Tem tomado uma distância considerável da maioria dos interesses dos movimentos
literários das Caraíbas, como a negritude, abordando com frequência temas com
uma forte visão feminista. Ativista tanto no seu trabalho como na sua vida
pessoal, Condé admitiu: "não poderia escrever qualquer coisa... a não ser
que tenha uma importância política segura". As suas obras tomaram um
género autobiográfico, como Memórias de Minha Infância e Vitória, uma biografia
da sua avó. Quem cortou a garganta de Celanire tem também rastos de sua bisavó
paterna.
(Fonte: wook.pt / https://bit.ly/3iDsrU1)
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