sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Trilha Antirracista / Literatura: EU TITUBA: BRUXA NEGRA DE SALEM, de Maryse Condé

A OBRA-PRIMA DE MARYSE CONDÉ, EM TRADUÇÃO DA PREMIADA ESCRITORA NATALIA BORGES POLESSO, COM PREFÁCIO DA ACLAMADA ESCRITORA CONCEIÇÃO EVARISTO

Em Eu, Tituba: bruxa negra de Salem, a escritora caribenha Maryse Condé dá voz e corpo a uma das primeiras mulheres julgadas durante o pânico moral em torno das bruxas em Salem, Massachusetts, e silenciada por três séculos, devido à implacável historiografia racista.

A história de Tituba é a história das mulheres da diáspora e do povo negro. É também a história de todas as pessoas que seguem a própria verdade, em vez de professar a fé do colonizador. É a história dos e das dissidentes e dos seres de alma livre. Por isso é uma história bela e complexa, cujo final, a despeito dos infortúnios, é sempre benfazejo, pois é a história dos que resistem.

Maryse Condé anota no início deste grande romance: "Tituba e eu vivemos uma estreita intimidade durante um ano. Foi no correr de nossas intermináveis conversas que ela me disse essas coisas que ainda não havia confiado a ninguém." Da mesma forma, quem lê Tituba poderá ouvi-la falar, a partir do invisível, e com ela aprenderá sua arte, que, por curar, desestabiliza estruturas cristalizadas, medeia novas concepções de identidades e culturas e protege as pessoas insurgentes.

Dica de artigo com mais comentários sobre esta obra:

- Quatro Motivos Para Ler Maryse Condé - Grupo Editorial Record/Blog (https://bit.ly/2U7pBx1)


VÍDEO-RESENHAS:

Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem

(Fonte: canal Epílogo Literatura - YouTube / https://bit.ly/3xB4P6M)

Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem

(Fonte: canal aharom TV - YouTube / https://bit.ly/3scPpo5)

Eu, Tituba
(Fonte: canal Will - Transgressão Literária - YouTube / https://bit.ly/3CGpqKH )

Eu, Tituba (...) - Silenciada da Própria História
Fonte: canal Elefante Literário - YouTube / https://bityli.com/59xPL) 

QUEM É MARYSE CONDÉ?

(Fonte: arquivo UOL)
(Fonte: arquivo UOL)
Maryse Condé (Guadalupe, 11 de fevereiro de 1937) é uma reconhecida escritora francesa, feminista e ativista, difusora da história e a cultura africana nas Caraíbas. Destaca-se pela sua vasta produtividade como autora e pela sua versatilidade para escrever ficção histórica, contos, romances, ensaios, poemas e outros géneros. É especialmente conhecida pelo seu romance Segu (1984–1985). Nascida como Maryse Boucolon em Pointe-à-Pitre, Guadalupe, foi a menor de oito irmãos. Depois de se graduar na escola secundária foi enviada para o Lycée Fénelon e para Sorbonne em Paris, onde obteve um doutoramento em Literatura Comparada. Em 1959 casou-se com Mamadou Condé, um ator guineense. Depois da sua graduação foi professora na Guiné, Gana e Senegal. Em 1982 divorciou-se, e voltou a casar-se no ano seguinte, com Richard Philcox, tradutor da maioria dos seus romances para língua inglesa. Em 1985 Condé obteve uma bolsa Fulbright para ensinar nos Estados Unidos, como professora na Universidade de Columbia em Nova Iorque.

Além de seus livros, Condé teve uma distinta carreira acadêmica. Em 2004 retirou-se da Universidade de Columbia como Professora Emérita de Francês. Anteriormente ensinou na Universidade de Califórnia, Berkeley, UCLA, a Sorbonne, A Universidade de Virginia e a Universidade de Nanterre.

Em 2018, Condé venceu o prémio de literatura alternativo ao Nobel, suspenso naquele ano por acusações de corrupção e assédio sexual de jurados.

Os romances de Condé exploram assuntos raciais, de género e culturais numa variedade de eras históricas.

Centram-se nas relações entre os povos africanos e a diáspora, especialmente nas Caraíbas. Tem tomado uma distância considerável da maioria dos interesses dos movimentos literários das Caraíbas, como a negritude, abordando com frequência temas com uma forte visão feminista. Ativista tanto no seu trabalho como na sua vida pessoal, Condé admitiu: "não poderia escrever qualquer coisa... a não ser que tenha uma importância política segura". As suas obras tomaram um género autobiográfico, como Memórias de Minha Infância e Vitória, uma biografia da sua avó. Quem cortou a garganta de Celanire tem também rastos de sua bisavó paterna.

(Fonte: wook.pt / https://bit.ly/3iDsrU1)

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