Esta obra conta a trajetória de Rosa
Parks, mulher que, depois de ser presa por ocupar um assento de ônibus
reservado para pessoas brancas, deu início ao clamor popular que acabou com a
política racista no transporte público dos Estados Unidos. A Coleção BLACK
POWER apresenta biografias de personalidades negras que marcaram época e se
tornaram inspiração e exemplo para as novas gerações. Os textos simples e as
belas ilustrações levarão os pequenos leitores a uma viagem repleta de fatos
históricos e personagens que se transformaram em símbolo de resistência e superação.
Esse livro é voltado para crianças e adolescentes. A ideia é que elas percebam
que podem ter representatividade negra desde a infância.
(Fonte: Livraria Cultura / https://bit.ly/3lG9h18)
Vídeos sobre a autora e sua obra
Rosa Parks, a costureira que desobedeceu a segregação
Rosa Parks recebe o prêmio Essence em 1993
(Fonte: canal Rosa Parks Institute - YouTube / https://bit.ly/3BOYdEU)
Biografia: Rosa Parks
QUEM FOI ROSA PARKS?

(Foto: rosaparksbiography.org)
Rosa Parks (1913-2005) foi uma
ativista do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. No dia
1 de dezembro de 1955, Rosa entrou para a história por se negar a ceder a um
branco o seu assento em um ônibus em Montgomery, no Alabama.
Rosa Louise Parks nasceu em
Tuskegee, Alabama, no Sul dos Estados Unidos, no dia 4 de fevereiro de 1913.
Filha de James e Leona Edwards McCauley, mais tarde, mudou-se com a família
para Pine Level, onde estudou na escola rural.
Juventude e casamento
Com 11 anos, ingressou na
Montgomery Industrial School for Girls. Em seguida, estudou na Alabama State
Teacher’s College High School. Com a doença de sua avó e em seguida de sua mãe,
Rosa foi obrigada a abandonar a escola. Passou a trabalhar como costureira para
ajudar nas despesas da casa.
No dia 18 de dezembro de 1932,
Rosa casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso
de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que lutava pelos direitos civis dos
negros, da qual Rosa se tornou uma militante. Incentivada pelo marido, Rosa
concluiu o ensino médio em 1934. Raymond chegou a secretário e líder juvenil da
associação.
Lei de segregação nos ônibus
Em Montgomery, capital do
Estado de Alabama, no Sul dos Estados Unidos, local onde ocorriam os maiores
conflitos raciais do país, desde 1900, por lei, os primeiros assentos dos
ônibus eram reservados para passageiros brancos.
No dia 1 de dezembro de 1955,
quando Rosa voltava do trabalho, tomou um desses ônibus e sentou-se em um dos
assentos localizados no meio do coletivo. Quando alguns brancos entraram no
ônibus e ficaram em pé, o motorista exigiu que Rosa e outros três negros se
levantassem para dar o lugar aos brancos. Enquanto os outros três se
levantaram, Rosa se negou a cumprir a ordem e permaneceu sentada.
A polícia foi chamada e Rosa
Parks foi detida e levada para a prisão por violar a lei de segregação do
código da cidade de Montgomery apesar de não estar sentada nas primeiras
cadeiras. No dia seguinte, Rosa foi solta depois que teve a fiança paga por
Edgar Nixon, presidente da NAACP e por seu amigo Clifford Durr.

Movimento pelos direitos civis (Foto: ndla.no)
Protestos e boicote
A prisão de Rosa provocou um
grande protesto que resultou em um boicote aos ônibus urbanos, quando os
trabalhadores negros e os simpatizantes da causa passaram a caminhar
quilômetros em direção ao trabalho, causando grande prejuízo para a empresa.
Os protestos receberam o apoio
de várias personalidades que se engajaram no movimento, entre eles, Martin
Luther King, que era pastor na cidade de Montgomery, e a cantora gospel Mahalia
Jackson, que realizou uma série de shows para ajudar os ativistas que estavam
presos.
O movimento contra a
segregação durou 382 dias e só terminou em 13 de novembro de 1956 após a
Suprema Corte declarar inconstitucionais as leis de segregação. Foi o primeiro
movimento contra a segregação que saiu vitorioso em solo norte-americano.
Em 21 de dezembro de 1956,
Martin Luther King e Glen Smiley, sacerdote branco, entraram juntos em um
ônibus e ocupam os primeiros lugares. Rosa Parks foi reconhecida nacionalmente
como a “mãe do moderno movimento dos direitos civis”.
As dificuldades não pararam,
Rosa sofreu ameaças de morte e teve dificuldade de conseguir emprego. Em 1957
mudou-se para Detroit, Michigan. Em 1964 tornou-se diaconisa da Igreja Episcopal
Metodista Africana (AME).

(Foto: commons.wikimedia.org)
Últimos anos
Em 1992, Rosa publicou sua
autobiografia, “Rosa Parks: MY Story”. Em 2002, viúva e com dificuldades
financeiras, Rosa foi despejada de seu apartamento. Com a grande comoção
nacional, Rosa recebeu ajuda da igreja batista Hartford Memorial, e o perdão da
dívida pelo banco.
Rosa Parks faleceu em Detroit,
Michigan, Estados Unidos, o dia 24 de outubro de 2005. Seu caixão foi velado
com honras da Guarda Nacional do Estado de Michigan.
Homenagens
Rosa Parks recebeu diversas
homenagens.
Em 1976, a cidade de Detroit
renomeou a 12th Street como Rosa Parks Boulevard.
Em 1997, o estado de Michigan
decretou o dia 4 de fevereiro como o Dia de Rosa Parks.
Em 1999, o então presidente
Bill Clinton condecorou Rosa Parks, então com 88 anos, com a medalha de ouro do
Congresso norte-americano.
O ônibus em que ocorreu a
reação de Rosa Parks, atualmente faz parte do acervo do The Henry Ford Museum.
(Fonte: ebiografia.com / https://bit.ly/2YTBBVm)
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