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quinta-feira, 9 de julho de 2020
MÚSICA E LITERATURA
Embora, nos dias de hoje, música e literatura
pareçam duas artes isoladas, cada uma independente da outra, na verdade, sempre
foram artes complementares. Lá na Grécia Antiga, quando não havia texto
impresso e, portanto, ele dependia da oralidade, a música sempre o acompanhava.
No período helenístico, a poesia
lírica era cantada por um poeta solo acompanhado por músicos ou por um coro. Assim, percebemos que naqueles longínquos
tempos, o ato solitário da leitura não existia. Isso só passou a acontecer, porém
ainda mesclado com a música e a leitura em voz alta de textos, a partir do
advento da imprensa, inventada por Gutemberg*,
em 1430, na Idade Média, onde passamos a ver a figura do trovador, um misto de poeta e músico, que viajava pelos vilarejos e
países cantando suas canções satíricas ou sacras. Se quer saber mais sobre essa
história de amizade entre essas duas grandes artes acesse o link https://bityli.com/1wKNR para ler o artigo A
Antiga E Íntima Relação Entre Literatura E Música, escrito por Thainara
Amorim e Thamara Amorim.
É muito comum na música popular vermos poesias musicalizadas e transformadas em canções. Vamos conhecer alguns exemplos brasileiros?
1. MOTIVO (Cecília Meireles / Fagner)
Eu canto, porque o instante existe
E a minha vida está completa
Não sou alegre nem sou triste, sou poeta
Não sou alegre nem sou triste, sou poeta
Irmão das coisas fugidias
Não sinto gozo nem tormento
Atravesso noites e dias no vento
Se desmorono ou se edifico
Se permaneço ou me desfaço
Não sei se fico ou passo
Eu sei que eu canto e a canção é tudo
Tem sangue eterno a asa ritmada
E um dia eu sei que estarei mudo, mais nada
2. Canção Amiga (Carlos Drummond de Andrade / Milton Nascimento)
Eu preparo uma canção
Em que minha mãe se reconheça
Todas as mães se reconheçam
E que fale como dois olhos
Caminho por uma rua
Que passa em muitos países
Se não me veem, eu vejo
E saúdo velhos amigos
Eu distribuo um segredo
Como quem ama ou sorri
No jeito mais natural
Dois carinhos se procuram
Minha vida, nossas vidas
Formam um só diamante
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças
3. O Outro (Mário de Sá Carneiro / Adriana Calcanhotto)
Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.
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