quinta-feira, 13 de agosto de 2020

LIVRO DA SEMANA: CAPITÃES DA AREIA, de Jorge Amado


            
Vivemos em um país de muitos contrastes sociais e econômicos, como todos sabem, os quais causam, há séculos, uma infinidade de problemas de todas as ordens, brecando o desenvolvimento de nossa sociedade como um todo. A atual pandemia mundial acabou por revelar, tanto aqui como em outros países do terceiro mundo ou em desenvolvimento, essas brechas sociais, chamando a atenção das pessoas para o quão importante é para os cidadãos, seja em grandes ou pequenas cidades, um sistema de saneamento básico (água encanada e esgoto tratado) que contemple a todos e uma renda mínima para que se possa viver com dignidade, com acesso à educação, aos padrões básicos de higiene e limpeza, à boa alimentação, à uma boa moradia. Também, revelou como é importante termos um sistema de saúde público que seja unificado no país todo e preparado para atender a todas as circunstâncias que se apresentem, já que um país desta dimensão geográfica e populacional exige muito mais investimento em profissionais, equipamentos e setor logístico do que em países pequenos. Se fossem desenvolvidas políticas públicas que contemplassem condições dignas para toda a população e fossem mantidas pelos diversos governos e governantes que passam pelos cargos eletivos a cada quatro anos, aí sim teríamos crianças e jovens vivendo em condições ideais para frequentar uma escola e/ou fazer trabalho remoto quando necessário (desde que tivessem um acesso barato ou grátis à uma internet com um bom sinal e a aparelhos com uma boa configuração, fossem eles computadores, smartphones ou tablets). 
Incrivelmente (ou não tão incrivelmente assim, se pensarmos na história política brasileira), no Brasil de hoje, muitas pessoas das classes socioeconômicas mais baixas enfrentam os mesmos problemas sociais relatados e expostos no livro de Jorge Amado, Os Capitães da Areia, publicado pela primeira vez em 1937, quando foi censurado e proibido e o escritor preso duas vezes pela ditadura da era Vargas, que o considerava um "revolucionário" (ditadores não gostam de ver, ler ou ouvir verdades que incomodem e atrapalhem seus planos)! Ou seja, há 83 anos atrás! A trama gira em torno de meninos pobres que vivem na rua, fazendo furtos, revelando uma sociedade cheia de contrastes e enormes brechas entre ricos, remediados e pobres. Para saber mais sobre esse livro que sempre recebeu muitos elogios de seus leitores, leia a resenha e assista ao vídeo abaixo. 

Resenha: https://bit.ly/2PRtoc4 (Fonte: opovo.com.br)

Neste vídeo, a apresentadora relata que após ler Capitães da Areia, recomendado por sua avó baiana, fez com que ela mudasse de ideia a respeito dos livros de Jorge Amado. 
(Fonte: canal Abstração Coletiva / YouTube/ https://bit.ly/2FnW0b2)

QUEM FOI JORGE AMADO

Jorge Amado, um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. É considerado um dos principais representantes do romance regionalista da Bahia. Também escreveu biografias, poesias, textos para teatro e até memórias. Além de escritor, atuou também como político e jornalista. É considerado um dos grandes nomes do Modernismo na Literatura Brasileira.

Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração.  Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, capital da Bahia. 

Morreu em Salvador (Bahia), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos de idade.


Estilo literário - principais características

O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas obras literárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, entre outras.

 

Curiosidade:

- Muitas de suas obras foram adptadas para a televisão (principalmente novelas), teatro e cinema. Na TV, fez muito sucesso a adaptação de Gabriela Cravo e Canela e Tieta do Agreste. Já no cinema, fez sucesso o filme Dona Flor e seus dois maridos (1976).

(Fonte: suapesquisa.com)                                                                                              

Para biografia completa acesse: https://bitlybr.com/4RY69nR

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