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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
LIVRO DA SEMANA 2: SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO, de William Shakespeare
William Shakespeare é o rei
dos temas que nunca envelhecem. Em Sonho de Uma Noite de Verão (A MIdsummer
Night’s Dream), uma de suas inúmeras peças teatrais, ele explora o velho, porém muito atual, tema
dos amores não correspondidos, construindo uma trama cheia de peripécias que é
pura diversão e entretenimento. Lisandro, Hérmia, Demétrio e Helena, são quatro jovens que
sofrem de amores não correspondidos e estão prometidos (como era de costume em
sua época) para outras pessoas a quem não amam. Quando se encontram em um bosque, à noite,
fadas, elfos e duendes se aproveitam da situação e deitam e rolam, aprontando
com os quatro e criando muitas confusões! Sabemos que os apaixonados, muitas
vezes, talvez na maioria delas, ficam cegos (daí a expressão “cego de paixão”) e
perdem o bom senso e a noção de realidade. Shakespeare ilustra muito bem esse
tipo de comportamento e
a cilada em que podemos nos meter quando não enxergamos
mais nada além da pessoa amada ou que supomos que amamos. Entretanto, outras
tramas paralelas também ocorrem no desenrolar da peça, como o ensaio de uma encenação de uma peça (metalinguagem) para o casamento do herói grego Teseu com Hipólita (mitologia grega), cujos atores são muito engraçados e dão um sentido muito particular à narrativa.
Enfim, com toda essa mistura de mitologia grega com mitologia celta (seres da
floresta), Shakespeare cria uma aparente confusão mas que na verdade é marcada
pela divisão entre sonho e realidade. As personagens Teseu e Hipólita aparecem
à luz do dia de ambos começo e fim da ação principal da peça e desaparecem
durante toda a duração da ação, que se passa à noite na floresta, onde o mundo
mágico toma vida. Voltam, então, a reaparecer quando o sol começa a nascer
novamente, acabando com a noite mágica. Portanto, essas personagens são
marcadores que pontuam realidade e fantasia.
(Texto: André Luiz Gattás)
Abaixo você tem trechos de algumas resenhas sobre a obra e seu link
para lê-las na íntegra.
“[...] Nesse momento, com os
quatro perdidos pela floresta, é muito fácil se confundir entre quem está
apaixonado por quem, ou fugindo de quem. Além disso, eles se misturam com os habitantes
da floresta, duendes, fadas e elfos divididos em meio à rixa entre seus reis,
Oberon e Titânia. Encontros e desencontros, beijos e desentendimentos, feitiços
e brincadeiras, uma ciranda de amor e ódio. Até o dia amanhecer, muitas
confusões irão acontecer nessa floresta, pois tem muita fantasia reservada para
esta noite de verão. [...]”
(Fonte: BANDEIRA, Ili. Resenha: Sonho de Uma Noite de Verão /
William Shakespeare. Disponível em: O Clube da Meia Noite / https://bit.ly/3r6rJkn)
“[...] Sonho de Uma Noite de
Verão é uma peça um tanto desafiadora para se escrever uma resenha, pois são
diversas histórias, que, de alguma maneira, se entrelaçam. Então, já te peço
licença, porque isso é apenas uma tentativa de resumir a confusão que é essa
obra. Bem, acompanhamos três histórias: a primeira, e principal, é a dos
amantes apaixonados Hérmia, Lisandro, Demétrio e Helena; a segunda, é a de
Oberon, Titânia e Puck, que são seres sagrados da floresta; e, por fim, a
terceira e última (e mais hilária também) é a história dos artesãos que estão
montando uma peça para apresentar no casamento de Teseu e Hipólita, o qual é o ponto
em comum das três narrativas. “[...] Podemos destacar ainda, em Sonho de Uma
Noite de Verão, a crítica que Shakespeare faz sobre a função da arte,
especialmente o teatro, para a alta sociedade através da metalinguagem. Ao
representar atores através de artesãos amadores, mostra como a arte era
encarada, — e infelizmente ainda é -, apenas como puro entretenimento. Pouco se
valoriza o trabalho criativo dos artistas e a função social da arte, que trata
de desvendar os mais profundos sentimentos humanos, além de oferecer outros
pontos de vista para o público, mudando assim a forma de pensar das pessoas e,
como consequência, sua realidade. [...]”
(Fonte: MORAES, Polly. Sonho De Uma Noite De Verão: Uma Ode Ao
Amor Não Correspondido. Disponível em médium.com / https://bit.ly/38fREgY)
“[...] A história de
Shakespeare explora de forma divertida a idolatria amorosa em oposição ao amor
verdadeiro. Se na vida real criaturas mágicas não existem, o mesmo não se pode
dizer das paixões súbitas, tão ardentes como passageiras. Como seus alunos veem
a paixão? Será que concordam com o poeta Vinícius de Moraes, quando ele diz que
o amor é eterno enquanto dura?[...]”
“[...] Em uma das passagens da
peça, Helena lamenta: “as pessoas apaixonadas veem o que imaginam, não o que
seus olhos enxergam e, portanto, o Cupido alado é pintado com vendas nos
olhos”. Como seus alunos entendem esse trecho? É possível relacioná-lo com o
ditado popular que diz que o amor é cego?[...]”
Willian Shakespeare é o maior
poeta e dramaturgo da Inglaterra e um dos maiores de todos os tempos. Suas
obras que permaneceram ao longo dos tempos consistem de 38 peças, 154 sonetos,
dois poemas de narrativa longa, e várias outras poesias. Suas obras são mais
atualizadas do que as de qualquer outro dramaturgo e são consideradas quase
todas obras-primas, dentre as quais citamos: Romeu e Julieta, Hamlet, Ricardo
III, O Rei Lear, Otelo, Macbeth, O Mercador de Veneza, Júlio César, Muito Barulho Por Nada, Antônio e Cleópatra, Coriolano, entre outros.
Nessas obras, Shakespeare
descreveu de maneira admirável os sentimentos e as paixões humanas.
Entre suas obras é impossível
não ressaltar Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência
, representada até hoje em palcos de muitos países do mundo e adaptada para o
cinema e Hamlet, que possui uma das
frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the
question (Ser ou não ser, eis a questão).
Pouco se sabe sobre a vida de
William Shakespeare. Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon.
Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe
concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith Quiney. Entre os
anos 1585 e 1592, William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como
ator, dramaturgo e proprietário da companhia de teatro Lord Chamberlain's Men,
mais tarde conhecida como King's Men. Parece que ele reformou a Stratford em
torno de 1613, morrendo três anos depois.
A maioria das informações que se fazem acerca de
William Shakespeare são meras especulações derivadas de estudos, leituras,
interpretações, pontos de vistas, hipóteses, lógicas. A única coisa de que se
tem certeza absoluta é que as peças atribuídas a Shakespeare marcaram
praticamente todos os séculos seguintes, começando pelo tempo em que viveu.
(Fonte: "William Shakespeare" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2020. Disponível na Internet em https://bit.ly/3aoQBhu)
Para ler biografias mais completas sobre William Shakespeare:
- FRAZÃO, Dilva. William Shakespeare - Dramaturgo e poeta inglês. Disponível em: ebiografia.com / https://bit.ly/3p2jrrN
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