"Este livro é um mapa que nos conduz por uma trilha em que os fragmentos da história nos levam a encontrar o tesouro escondido. E esse tesouro é tudo o que nos foi usurpado pós-colonização. Obrigado, Ale, graças a Oxalá (e para o terror de quem nos roubou). Este é apenas o primeiro livro. Que os orixás o acompanhem, apenas continue.” (parte do prefácio do livro escrito pelo rapper, cantor, letrista e compositor brasileiro Emicida)
O livro Rastros de
Resistência, do pesquisador e influenciador digital Ale Santos, lançado pela
Panda Books, traz vinte histórias inéditas sobre heróis e heroínas do povo
negro. O objetivo da obra é apresentar ao público fatos e personagens que foram
apagados e silenciados ao longo dos anos de colonialismo e pós-colonialismo.
O leitor irá conhecer o
poderio do reino de Whydah, atual Benim, um dos grupos étnicos mais fortes e
que se transformou no segundo maior exportador de escravos do mundo; as ideias
que circularam sobre racismo científico no século XIX, culminando na criação de
zoológicos humanos; o genocídio no Congo executado por belgas; e a chacina dos
lanceiros negros no Rio Grande do Sul.
Para além do histórico de
opressão, a obra presta uma homenagem aos grandes líderes que lutaram pela
libertação de seu povo, como Benedito Meia-Légua e Dragão do Mar, no Nordeste
brasileiro; Chico Rei, em Minas Gerais; Benkos Biohó, na Colômbia e outros. Há
o relato de corajosas mulheres que são hoje ícones do poder negro feminino,
como Nanny, na Jamaica; María Remédios Del Valle, na Argentina; Zacimba, em
Angola.
O livro de Ale Santos é um
marco na historiografia da cultura africana e afro-brasileira ao reunir fatos e
personagens de diferentes períodos do Brasil e de países da África, sendo uma
leitura indispensável na luta constante contra o racismo e o preconceito.
(Fonte: travessa.com.br / https://bit.ly/2Wt2Pkr)
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(Foto: ponte.org / divulgação) |
Ale é autor do livro “Rastros de resistência: Histórias de luta e liberdade do povo negro”, lançado em 2019. A obra resgata o passado de grandes reinos que tiveram sua história apagada ou silenciada ao longo dos anos de colonialismo e pós-colonialismo, registrando as lutas e a resistência do povo negro. [...]
(FAUSTINE e VASCONCELOS. Escritor Ale Santos é o novo colunista da Ponte Jornalismo. Disponível em: ponte.org / https://bit.ly/3Dmd8Y7)
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