segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Trilha Antirracista / Literatura: O CAÇADOR CIBERNÉTICO DA RUA 13, de Fábio Kabral

Em O Caçador Cibernético da Rua 13, Fábio Kabral apresenta elementos da mitologia lorubá em uma aventura futurista de tirar o fôlego. Com uma linguagem contemporânea, o autor cria um universo fantástico rico em detalhes, onde vivem um povo melaninado, com visual arrojado e usuário de uma tecnologia avançada. Neste universo, chamado Ketu 3, vive João Arolê, um jovem negro, caçador de aluguel de espíritos malignos. Um personagem complexo, que assim como os deuses africanos é suscetível a incerteza e arca com as consequências de viver em um mundo em que bem e mal não pertencem a dimensões distintas. João tem crises de consciência, dúvidas e insônias. Tenta compensar as mortes que causou como forma de se livrar das consequências dos seus atos. Uma oportunidade de redenção surge quando uma série de assassinatos envolvendo celebridades de Ketu Três faz seu povo precisar de um herói que possa solucionar esta questão. O que João não sabe é que sua tentativa de redenção o colocará frente a frente com questões mal resolvidas do seu passado, personificadas em um caçador vingativo, que o reencontra para um derradeiro acerto de contas.
A narrativa de O Caçador Cibernético da Rua 13 faz uso de elementos da cultura afrofuturista, surgida na década de 1960 e que ganhou força como movimento cultural na década de 1990, mesclando mitologia e cosmologia africana, fantasia, pós colonialismo, ciência, tecnologia e a arte de contar histórias com protagonismo de autores e personagens negros. O que Fábio Kabral nos sugere neste inventivo livro é um pouco mais que pensar um futuro para as populações negras, ele inspira reflexões sobre o cotidiano destas populações no presente, ao mirar nas possibilidades do que o povo negro já poderia viver, e que, percebemos refletido neste espelhamento de futuro, ainda não vive, em sua maioria.
Ao apropriar-se dos códigos do Afrofuturismo para narrar a emocionante trajetória de João Arolê, Fábio Kabral nos ensina sobre a cultura negra, os deuses e a ancestralidade, e nos oferece uma ótima história, daquelas que continuam nos acompanhando após a leitura. Um livro de aventura personalíssimo, de deuses, heróis e monstros, que todo leitor apaixonado por aventura e fantasia merece conhecer.
(Fonte: nota de orelha do livro escrita por Vagner Amaro - editor da Editora Malê)

Outras resenhas sobre esta obra:
- KABRAL, Fábio. [Afrofuturismo] O Cavaleiro Cibernético da Rua 13. Disponível em: medium.com / https://bit.ly/3y40MjD
- SYBYLLA, Lady. Resenha: O Cavaleiro Cibernético da Rua 13 de Fábio Kabral. Disponível em: momentumsaga.com / https://bit.ly/3j4pgoI

Vídeo-resenhas sobre esta obra:

Lançamento do livro - entrevista com o autor, Fábio Kabral

(Fonte: canal Editora Malê - YouTube /https://bit.ly/3zbSWWw


O Caçador Cibernético da Rua 13
(Fonte: canal Livros por Lívia - YouTube /  https://bit.ly/2UDYhqC)

O Caçador Cibernético da Rua 13 - Afrofuturismo
(Fonte: canal Rod Zandonadi - YouTube / https://bit.ly/2W9SXft)

Ler heróis negros me salvou - Nathália Braga
(Fonte: canal Nath Braga - YouTube / https://bit.ly/3j94yno)

QUEM É FÁBIO KABRAL?

Fábio nasceu no Rio de Janeiro, em 1980. Formou-se em Artes Cênicas na Casa das Artes de Laranjeiras. Em 1995 teve contato pela primeira vez com a saga de O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, que por muitos anos foi sua saga favorita. Ávido leitor de quadrinhos, em especial X-Men, os jogos da série Final Fantasy também serviram de inspiração para seu início na literatura.
Seu primeiro personagem, foi criado em 1996 em um poema épico transformado em livro e publicado em um fórum de discussão sobre O Senhor dos Anéis, mas ele nunca foi publicado. Sua segunda personagem, Kinemara, surgiu em 2003, que teve várias versões. Em 2007, depois de uma aula em uma oficina de criação literária, surgiu o personagem Numumba, em 2007. Juntando todas as partes que já estavam escritas, mais os personagens já prontos, eles foram mixados em uma nova obra chamada Ritos de Passagem. O livro conta a história de Gulungo, um guerreiro que se torna escravo e se apaixona por Kinemara, princesa de uma linhagem de feiticeiras.
Em 2007, lançou O Caçador Cibernético da Rua 13, um romance afrofuturista, que conta a história de João Arolê, um ciborgue caçador de espíritos malignos numa cidade com carros voadores e elementos da mitologia iorubá, inspirado nos orixás e na região de Queto. Em 2019 veio a sequência, A Cientista Guerreira do Facão Furioso, onde o autor contra a história da jovem cientista Jamila Olabamiji.
(Fonte: wikipedia.org)

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