Clarice não gostava dos rótulos de gêneros, por isso muitos dos textos inclusos nesta obra têm características de contos, outros de crônica e alguns ainda com certo ar de ensaio. "Felicidade Clandestina" foi lançado em 1971, Clarice escreveu muito desses contos para o Jornal do Brasil, para onde ela escrevia semanalmente e eram publicados como crônicas.
No total são 25 textos, sendo eles: Felicidade Clandestina; Uma Amizade Sincera; Miopia Progressiva; Restos do Carnaval; O Grande Passeio; Come, Meu filho; Perdoando Deus; Tentação; O Ovo e a Galinha; Cem Anos de Perdão; A Legião Estrangeira; Os Obedientes; A Repartição dos Pães; Uma Esperança; Macacos; Os Desastres de Sofia; A Criada; A mensagem; Menino a Bico de Pena; Uma História de Tanto Amor; As Águas do Mundo; A Quinta História; Encarnação Involuntária; Duas Histórias a Meu Modo; O Primeiro Beijo.
(...)
(Fonte: coladaweb.com / https://shorturl.at/bop18)
(Foto: divulgação Editora Rocco) |
A
autora estudou Direito na instituição que hoje é a UFRJ. Em 1940, com dezenove
anos, demonstra desinteresse pelo Direito, ao passo que se dedica mais à
Literatura, publicando seu primeiro conto conhecido, Triunfo, no qual narra as
reflexões de uma mulher abandonada por seu companheiro. Deslocada com o
trabalho de escritório, buscou seguir carreira no jornalismo. Foi durante a
faculdade de Direito que Clarice conheceu Maury Gurgel Valente, com quem se
casou, no ano de 1943, e começou uma vida itinerante, devido ao trabalho de
diplomata do marido.
Não
demorou muito para que Clarice fosse trabalhar em diversas revistas, publicando
seus contos e também sendo repórter em alguns periódicos cariocas. Toda essa
experiência foi essencial na construção do desejo de publicar o primeiro
romance, que atestou seu talento como escritora e construiu uma carreira que
lhe consagrou como uma das maiores escritoras do Brasil.
Casada
com o diplomata Maury Gurgel Valente entre 1943 e 1959, com quem teve dois
filhos: Pedro Lispector Valente e Paulo Lispector Valente. Poucos meses após
publicar “A Hora da Estrela”, Clarice foi hospitalizada, com um câncer de
ovário detectado tardiamente e sem possibilidade de operar. A doença havia se
espalhado por todo o seu organismo. O seu corpo foi sepultado no Cemitério
Israelita do Caju, no Rio de Janeiro. Durante toda a sua vida, Clarice foi
amiga de grandes escritores, como Fernando Sabino, Lúcio Cardoso e Rubem Braga.
Clarice
Lispector era poliglota, tendo dominado mais de sete idiomas. Esse seu
conhecimento linguístico lhe permitiu traduzir textos e obras de diversos
autores, a maior parte deles de língua inglesa e francesa. Entre diversos
romances, contos e crônicas, ela traduziu cerca de 35 livros ao longo de sua
exitosa carreira literária. Contudo, Clarice não fora também apenas tradutora.
Muitos de seus livros foram traduzidos para outros idiomas, tais como espanhol,
inglês e francês. Ao todo, foram cerca de duzentas traduções para mais de dez
idiomas, entre romances e crônicas.
(...)
(Fonte: VICTOR, Luan; BENÍCIO, Lucas; COELHO, Eduardo. 100 Anos de Clarice Lispector - Sempre é Hora da Estrela. Disponível em: Blog Literatura, Engenharia e Reflexões / https://snip.ly/ltfw64)
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