quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Livro da Semana: Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector

A obra Felicidade Clandestina de Clarice Lispector reúne diversos textos da autora que foram escritos ao longo de sua vida, por isso é considerada um livro de contos.

Clarice não gostava dos rótulos de gêneros, por isso muitos dos textos inclusos nesta obra têm características de contos, outros de crônica e alguns ainda com certo ar de ensaio. "Felicidade Clandestina" foi lançado em 1971, Clarice escreveu muito desses contos para o Jornal do Brasil, para onde ela escrevia semanalmente e eram publicados como crônicas.

No total são 25 textos, sendo eles: Felicidade Clandestina; Uma Amizade Sincera; Miopia Progressiva; Restos do Carnaval; O Grande Passeio; Come, Meu filho; Perdoando Deus; Tentação; O Ovo e a Galinha; Cem Anos de Perdão; A Legião Estrangeira; Os Obedientes; A Repartição dos Pães; Uma Esperança; Macacos; Os Desastres de Sofia; A Criada; A mensagem; Menino a Bico de Pena; Uma História de Tanto Amor; As Águas do Mundo; A Quinta História; Encarnação Involuntária; Duas Histórias a Meu Modo; O Primeiro Beijo.

Os textos de Clarice Lispector em “Felicidade Clandestina” possuem temas como infância, adolescência, família, amor, e questões da alma. Muitos deles são considerados autobiográficos e trazem passagens que realmente aconteceram na vida da autora. Como é comum de algumas de suas obras, ela faz uma análise psicológica, uma espécie de avaliação autoanálise. Muitas das narrativas não possuem um fluxo sequencial e funcionam como divagações de pensamentos dos personagens. A epifania, associação de ideias e revelações súbitas são comuns na prosa.
(...)
(Fonte: coladaweb.com / https://shorturl.at/bop18

RESENHAS SOBRE O LIVRO
- FUCKS, Roberta. Livro Felicidade Clandestina de Clarice Lispector. Disponível em: culturagenial.com / https://shorturl.at/jyKV7
- MARIOTTI, Carol. [Resenha] Felicidade Clandestina - Clarice Lispector. Disponível em: blogleituravirtual / https://shorturl.at/kruL8

VÍDEO-RESENHAS SOBRE O LIVRO

Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector
(Fonte: canal Junior Costa / YouTube / https://shorturl.at/mpvAM)

Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector
(Fonte: canal Ana Lis Soares - YouTube / https://tinyurl.com/5n8nub35)

Uma análise do conto Felicidade Clandestina que dá título à coletânea
(Fonte: canal Literatura Fora da Escola - YouTube /https://tinyurl.com/5n956436)

QUEM FOI CLARISSE LISPECTOR

(Foto: divulgação Editora Rocco)
Chaya Pinkhasovna Lispector nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. A mais jovem de três irmãs, recebeu esse nome, cujo significado é "vida". Dois anos após o seu nascimento, no ápice da guerra civil russa, com os judeus sofrendo uma grande perseguição, sua família emigra para o Brasil. Desembarcaram inicialmente em Maceió - AL, mas logo depois foram morar em Recife - PE. Ao chegar ao Brasil, a família adaptou seus nomes ao português, e foi assim que Haia se tornou Clarice. Aos oito anos, Clarice perdeu a mãe que sofria de paralisia. Nessa época, já estudando em um Colégio Hebreu Iídiche Brasileiro e dominando alguns idiomas, Clarice apostou na carreira de escritora. Foi quando escreveu sua primeira peça de teatro, Pobre Menina Rica, além de ter tentado publicar alguns textos na imprensa de Recife, embora sem muito sucesso. Em 1935, já com quatorze anos, Clarice, suas irmãs e seu pai foram morar no Rio de Janeiro.

A autora estudou Direito na instituição que hoje é a UFRJ. Em 1940, com dezenove anos, demonstra desinteresse pelo Direito, ao passo que se dedica mais à Literatura, publicando seu primeiro conto conhecido, Triunfo, no qual narra as reflexões de uma mulher abandonada por seu companheiro. Deslocada com o trabalho de escritório, buscou seguir carreira no jornalismo. Foi durante a faculdade de Direito que Clarice conheceu Maury Gurgel Valente, com quem se casou, no ano de 1943, e começou uma vida itinerante, devido ao trabalho de diplomata do marido.

Não demorou muito para que Clarice fosse trabalhar em diversas revistas, publicando seus contos e também sendo repórter em alguns periódicos cariocas. Toda essa experiência foi essencial na construção do desejo de publicar o primeiro romance, que atestou seu talento como escritora e construiu uma carreira que lhe consagrou como uma das maiores escritoras do Brasil.

Casada com o diplomata Maury Gurgel Valente entre 1943 e 1959, com quem teve dois filhos: Pedro Lispector Valente e Paulo Lispector Valente. Poucos meses após publicar “A Hora da Estrela”, Clarice foi hospitalizada, com um câncer de ovário detectado tardiamente e sem possibilidade de operar. A doença havia se espalhado por todo o seu organismo. O seu corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro. Durante toda a sua vida, Clarice foi amiga de grandes escritores, como Fernando Sabino, Lúcio Cardoso e Rubem Braga.

Clarice Lispector era poliglota, tendo dominado mais de sete idiomas. Esse seu conhecimento linguístico lhe permitiu traduzir textos e obras de diversos autores, a maior parte deles de língua inglesa e francesa. Entre diversos romances, contos e crônicas, ela traduziu cerca de 35 livros ao longo de sua exitosa carreira literária. Contudo, Clarice não fora também apenas tradutora. Muitos de seus livros foram traduzidos para outros idiomas, tais como espanhol, inglês e francês. Ao todo, foram cerca de duzentas traduções para mais de dez idiomas, entre romances e crônicas. 

(...)

(Fonte: VICTOR, Luan; BENÍCIO, Lucas; COELHO, Eduardo. 100 Anos de Clarice Lispector - Sempre é Hora da Estrela. Disponível em: Blog Literatura, Engenharia e Reflexões / https://snip.ly/ltfw64)

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