SEERMANN, Jörn. Entre mapas e narrativas: reflexões sobre as cartografias da literatura, a literatura da cartografia e a ordem das coisas. Disponível em: revistas.ufpr.br / Biblioteca Digital de Periódicos / https://bit.ly/37A64If)
Abaixo há trechos de uma das melhores resenhas sobre esse livro inusitado e belo.
[...] W é o personagem-narrador, um copista de mapas adotado ainda jovem por um cartógrafo. Embora não haja indicação direta, intui-se que a narrativa se passa principalmente no século XV, quando as grandes navegações estavam a todo o vapor e os mapas que assinalavam terras recém descobertas eram verdadeiros segredos de estado. Quando a história começa, o cartógrafo acaba de ser morto, executado. W permanece no ateliê com Egon, filho dele e seu irmão de criação, cartógrafo como o pai.[..]
[..]Como copista, W ameaça trocar nomes de cidades e deixa brechas imperceptíveis nas muralhas das vilas que desenha, para possibilitar invasões imaginárias – um pouco como o revisor em História do cerco de Lisboa, que acaba mudando o passado ao acrescentar propositalmente um não ao texto sobre a reconquista da Península Ibérica pelos europeus. Haveria um desejo íntimo de influir sobre a interpretação do passado por parte de quem escreve (ou desenha)? Afinal, o que fica de um fato a não ser a forma como o registramos? [...]
[...] A certa altura, Egon parece acusar W por sua dissimulação, e ele se defende: “você fala como seu eu gostasse de esconder coisas entre as palavras”. Não é o que fazem todos os bons escritores? O cartógrafo é o viajante que não sai do lugar, diz em certo ponto. Idem o escritor, um expedicionário imóvel de questões mais amplas e profundas.[...]
(Fonte: lombadaquadrada.com / https://bit.ly/33Gu8bd)
QUEM É ROGER MELLO?
Vem se destacando como ilustrador e autor de livros infantis, sendo um dos nomes mais aclamados pela crítica e pelo público. Suas cores fortes e quentes preenchem traços carregados de dramaticidade e espírito lúdico, emprestando às obras de outros escritores um clima marcadamente brasileiro e alegre.
Esse também é o tempero essencial de muitos de seus livros, escrevendo principalmente recontos de lendas e histórias do folclore, revelando nuanças da alma e dos feitos do povo.
Conquistou diversos prêmios por seus trabalhos como ilustrador, autor de livros de imagem e livros para criança, dramaturgo e produtor visual. Recebeu da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil os prêmios Malba Tahan, Luís Jardim, Ofélia Fontes, Melhor Ilustração e 15 prêmios Altamente Recomendável.
Outros prêmios conquistados foram: Prêmio Jabuti de Ilustração e de Melhor Livro Juvenil; Prêmio Especial Adolfo Aizen; Prêmio pelo Conjunto da Obra da UBE; Prêmio Monteiro Lobato; Prêmio Adolfo Bloch e da Fondation Espace Enfants (Suíça) o Grande Prêmio Internacional. Conquistou duas vezes o selo White Ravens da Biblioteca Internacional de Munique. Em razão dos seus vários trabalhos premiados, tornou-se hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Em 2014, ganhou o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio infantojuvenil do mundo.(Fonte: globaleditora.com.br / https://bit.ly/33HMlFs)
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